Carreira

Presente promissor e futuro próspero para vagas no Sudeste

Os investimentos em construção civil, infraestrutura e energia mostram que a região continuará precisando de profissionais qualificados

Camila Leithsenring, 26 anos, engenheira curitibana: mudança para o Rio de Janeiro e emprego novo na Petrobras (Ilustração: Rui Porto Filho, Foto: Marcos Müller/EXAME.com)

Camila Leithsenring, 26 anos, engenheira curitibana: mudança para o Rio de Janeiro e emprego novo na Petrobras (Ilustração: Rui Porto Filho, Foto: Marcos Müller/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 18h42.

São Paulo - Camila Leithsenring, de 26 anos, chegou em novembro do ano passado a Macaé, no litoral fluminense, para assumir o cargo de engenheira de processamento de uma das plataformas de petróleo operadas pela Petrobras. Seu plano é se tornar coordenadora de produção, trabalhando embarcada na plataforma em alto-mar. Atualmente, ela trabalha em terra firme.

A curitibana formada pela Universidade Federal do Paraná é um exemplo do interesse que a indústria de óleo e gás está despertando nos jovens.

Muitos deles têm se deslocado para as cidades litorâneas como Rio de Janeiro e Santos em busca de oportunidades de trabalho. Esse movimento tende a ganhar mais força com os investimentos previstos para a exploração e produção dos blocos do pré-sal. O Sudeste será uma das primeiras regiões a se beneficiar.

“Há cidades em que os investimentos na área de petróleo estão acontecendo de forma diferenciada. Esses locais, como é o caso de Macaé, têm atraído um volume grande de pessoas”, diz Tatiana da Ponte, sócia-diretora da consultoria Ernst & Young Terco (EYT), que nos últimos dois anos visitou empresas americanas interessadas no Brasil. 

Os programas de investimentos, com recursos das iniciativas pública e privada, contemplam projetos nas áreas de construção civil, petróleo, pré-sal, siderurgia, etanol e infraestrutura. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, a região teve um saldo de 726 873 empregos, cerca de 61% dos quase 1,17 milhão de vagas preenchidas em todo o país. Inclua aí cargos de analistas, consultores, técnicos, engenheiros, pesquisadores, médicos e vários outros profissionais qualificados.

Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte ficaram com a maioria das vagas criadas em sua região metropolitana. Vitória também aposta no pré-sal, na construção da nova sede da Petrobras da cidade e na implantação das companhias que irão atender a essa cadeia. “Acredito que em poucos anos o Sudeste  passará a dividir a geração de empregos com o Nordeste.

Mas São Paulo e Rio continuarão com seus diferenciais por serem os principais centros de formação de mão de obra qualificada do país”, diz Tarcísio Abre do Ibmec, escola de administração no Rio de Janeiro.

Nuno Saramago é natural de Lisboa, capital de Portugal, e há 12 anos vive no Brasil. Ele não veio por causa do petróleo. Foi expatriado para ser o presidente de uma empresa de logística. Seu primeiro destino foi Curitiba, no Paraná, onde morou com a família até o final do ano passado, quando foi contratado para ser diretor de planejamento de logística da siderúrgica CSN e se mudou para São Paulo. A capital paulista não estava em seus planos, mas confessa que está gostando da mudança.

“São Paulo é uma cidade que não permite improviso, bem diferente de Curitiba. Sua vida tem de ser bem planejada e, se você consegue isso, essa cidade é ótima. E eu tive essa preocupação.” Esse cuidado de Nuno tem uma explicação: os congestionamentos. Viver em grandes cidades com sérios problemas de estrutura de transporte é um desafio, que para muitos é subtraído por outros ganhos, como alternativas de lazer, cultura e entretenimento, além da possibilidade de acesso a centros de educação e médicos de referência.

Um recente estudo da consultoria McKinsey, divulgado neste ano, mostra que cidades do Hemisfério Sul de países em desenvolvimento terão um peso maior na participação do produto interno bruto global até 2015, o que pode se traduzir em novos mercados atraentes para a ida de mais organizações e a geração de novos empregos e oportunidades de carreira.

Acompanhe tudo sobre:CagedEdição 157EmpresasEY (Ernst & Young)Mercado de trabalhoSudestevagas-de-emprego

Mais de Carreira

Ele é júnior com salário de sênior: veja quem é o profissional que as empresas brigam para ter

Estas são as três profissões mais valiosas até o final da década; veja se a sua está na lista

Como usar a gamificação para transformar o engajamento da sua equipe

5 tipos de vampiros emocionais e como eliminá-los da sua vida