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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h31.
O mercado de trabalho sempre foi, tradicionalmente, masculino. Ao longo das décadas, as mulheres foram buscando espaço e ganhando mais e mais posições. Entretanto, há ainda muitas diferenças entre homens e mulheres. Nem sempre a evolução da carreira feminina corresponde à masculina. Saiba mais sobre a evolução da mulher no mercado de trabalho.
Ainda são poucas as mulheres em posições de liderança
De acordo com uma pesquisa feita no ano passado pelo Instituto americano Catalyst, que estuda o avanço das mulheres no mercado de trabalho, há 13,6% de mulheres ocupando posições de diretoria nas 500 empresas listadas na revista americana Fortune. Dessas empresas, 54 não têm nenhuma mulher como diretora e 208 contam com apenas uma presença feminina nessa área. A pesquisa "Benchmarking de Gestão de Capital Humano 2003", finalizada pela Deloitte no final do ano passado com empresas localizadas no Brasil, revelou que cerca de 12,43% das mulheres ocupam posições executivas. Nas pequenas empresas, o número de diretoras é maior (22,58%). Há mais mulheres no cargo de diretoras nas empresas privadas (16,47%) do que nas públicas (7,91%).
Mais mulheres nas salas de aula
Segundo pesquisas da Fudanção Carlos Chagas, comparativamente aos homens, as mulheres brasileiras atingiram maior nível de escolaridade. Em 1999, 23% dos brasileiros e 27% das brasileiras tiveram uma trajetória escolar com 9 anos de estudo. Três anos depois, as mulheres continuam na frente: 31% delas conseguiram estudar durante nove anos ou mais contra apenas 28% dos homens. Em 2002, 54% das matrículas no ensino médio eram de mulheres e elas corresponderam a 56% dos ingressantes no ensino superior pelo vestibular. Elas também estão em maior número entre os concluintes: 63% das mulheres tiraram o diploma da faculdade.
Não chegam, muitas vezes, porque não querem
Ainda segundo o Catalyst, cerca de 26% das mulheres que não atingiram altos cargos nas empresas não querem conquistar esse patamar. Das 108 mulheres que nos últimos cinco anos fizeram parte do ranking das 50 mulheres mais poderosas do mundo dos negócios nos Estados Unidos, elaborado pela revista Fortune, 20 deixaram seus cargos - a maioria por vontade própria.