Carreira

Prêmio Ser Humano ABRH-RJ mantém recorde de inscrições e revela tendências em cultura organizacional

Para Renata Filardi, presidente da ABRH-RJ, premiação reconhece 'as boas práticas de gestão' no Rio de Janeiro

Renata Filardi é membro do Conselho Deliberativo da ABRH Brasil e do Conselho da Associação Comercial do Rio de Janeiro

Renata Filardi é membro do Conselho Deliberativo da ABRH Brasil e do Conselho da Associação Comercial do Rio de Janeiro

Luana Cataldi
Luana Cataldi

Jornalista

Publicado em 24 de novembro de 2025 às 10h22.

Em sua 45ª edição, o Prêmio Ser Humano da ABRH-RJ reafirma seu papel na vanguarda da gestão de pessoas, celebrando as melhores práticas e inovações no Rio de Janeiro. Com a cerimônia marcada para 26 de novembro, a edição deste ano já se destaca com um número recorde de cases inscritos

Renata Filardi, presidente da ABRH-RJ e integrante do Clube CHRO da Exame, ressalta o sucesso, destacando o crescente engajamento das organizações em projetos focados em desenvolvimento humano, diversidade, comunicação e bem-estar.

Um reconhecimento que atravessa gerações

O Prêmio Ser Humano é referência em iniciativas que transformam ambientes de trabalho no Rio de Janeiro

Conforme explica Renata Filardi, a premiação contempla tanto projetos de empresas de diferentes portes quanto trabalhos acadêmicos de graduação e pós-graduação, com a participação de estudantes e seus orientadores. A cada edição, entre 40 e 50 cases são inscritos

O rigor do processo é garantido por uma avaliação conduzida por cerca de 30 profissionais de gestão de pessoas, que analisam as iniciativas por categoria para definir os vencedores. Um dos legados do prêmio é o livro anual da ABRH-RJ, que reúne todos os finalistas. 

“É bem bacana porque eterniza aqueles cases de reconhecimento, fica como boas práticas”, ressalta Filardi. Os projetos vencedores no Rio seguem adiante para a disputa nacional promovida pela ABRH Brasil no ano seguinte.

Tendências que marcaram a edição de 2025

Renata observa que algumas temáticas ganharam destaque entre os casos apresentados recentemente. “Nesses últimos anos, o que vem acontecendo bastante é muita coisa relacionado a diversidade e principalmente a comunicação”, afirma. Segundo ela, iniciativas voltadas ao desenvolvimento dos gestores e ao bem-estar dos colaboradores também se destacaram entre os inscritos.

A executiva observa que o interesse das organizações em participar da premiação vem crescendo de forma consistente. “As empresas estão realmente preocupadas em mostrar o que elas estão fazendo de diferente”, comenta. 

O aumento no número de inscritos confirma esse movimento e abre caminho para novas trocas entre organizações do estado.

Visibilidade e impacto para equipes e empresas

Para Renata, o prêmio tem um papel fundamental na valorização da área de Recursos Humanos e na motivação das equipes. “Eu acho que é uma boa visibilidade”, afirma.

"As pessoas se sentem orgulhosas por estarem participando do prêmio, sendo reconhecidas pelo trabalho que fazem"Renata Filardi, presidente da ABRH-RJ e integrante do Clube CHRO da Exame

Ela destaca ainda que o reconhecimento público fortalece a confiança das equipes e incentiva outras empresas a inovar. “Você vê o nosso trabalho sendo reconhecido fora dos muros da empresa”, diz. Para ela, esse movimento gera engajamento e desperta interesse de novos participantes.

Quando a academia encontra o mercado

A premiação também incentiva a participação de estudantes, o que Renata considera essencial para aproximar a formação acadêmica da prática profissional. “A gente vê como é que se solidifica aquilo que eles estão estudando na faculdade dentro daquele trabalho acadêmico”, afirma.

Esses trabalhos permitem que alunos transformem conceitos teóricos em iniciativas aplicáveis ao ambiente organizacional. “É bacana para quantificar, para personalizar, para botar em prática aquilo que você faz”, diz. Para ela, esse processo fortalece a compreensão do mercado de trabalho e estimula a formação de novos talentos.

Os desafios que moldam o futuro do RH

Na visão de Renata, os próximos anos exigirão preparo cuidadoso das áreas de gestão de pessoas, especialmente diante da evolução tecnológica e das novas responsabilidades éticas. Para ela, a crescente presença da inteligência artificial no setor traz desafios relevantes e demanda atenção especial das organizações.

Ela explica que o desafio envolve o uso responsável das ferramentas e a necessidade de desenvolver equipes mais estratégicas. “O grande dilema é a parte de compliance disso. Como é que a gente faz isso de uma forma correta?”, questiona. 

Renata reforça ainda a importância de ampliar a diversidade e de preparar líderes para um cenário mais complexo. “Normalmente a gente tende a contratar pessoas iguais a gente. E a ideia é você contratar pessoas que sejam diferentes para a gente poder ter um melhor olhar do mercado.”

O desenvolvimento de gestores continua como uma prioridade. “Treinar muito e desenvolver muitos líderes”, afirma. “As pessoas não querem mais ser gestores de pessoas. Então é estimular as pessoas para elas continuarem nesse caminho.”

Acompanhe tudo sobre:Clube-CHRORecursos humanos (RH)Clube-CHRO RJ

Mais de Carreira

Congresso reúne vozes que moldam o futuro da liderança feminina

O que os CEOs mais bem-sucedidos do mundo têm em comum — e não se aprende na escola

O conselho que levou um ex-frentista ao topo — e agora ele compartilha com a geração Z

Como padrões invisíveis revelam o que realmente acontece na sua equipe