Carreira

Por que ser bom de 'conversa fiada' pode te beneficiar no trabalho?

Aprender a se destacar em pequenas conversas pode trazer vantagens na carreira, fortalecer relações e melhorar o bem-estar emocional

Dominar a conversa casual é essencial para conseguir abrir novas portas. (SDI Productions/iStockphoto)

Dominar a conversa casual é essencial para conseguir abrir novas portas. (SDI Productions/iStockphoto)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 25 de setembro de 2024 às 12h52.

Em meio a apresentações ou palestras para grandes audiências, muitas pessoas se sentem confiantes. No entanto, a simples ideia de "jogar conversa fora", ou então engajar em uma "conversa fiada", causa pânico. Embora esse tipo de interação possa parecer trivial, dominá-la é uma habilidade que pode trazer recompensas significativas, tanto no âmbito profissional quanto social, afirma um autor e especialista John Bowe em reportagem do CNBC.

Afinal, aqueles que sabem improvisar uma conversa sobre qualquer que seja o assunto – e com qualquer que seja o interlocutor – são considerados mais simpáticos, além de serem capazes de expandir sua rede de contatos.

Especialistas em comunicação apontam que a capacidade de manter conversas informais, ou o famoso "small talk", não é um talento inato, mas sim uma competência que pode ser desenvolvida. Aqueles que conseguem superar o medo inicial e se abrir para essas interações ganham não só conexões importantes, mas também promovem bem-estar emocional e social. O segredo para dominar essa habilidade está em três passos fundamentais que podem tornar qualquer pessoa mais confortável ao iniciar uma conversa com desconhecidos.

1. Deixe o medo de lado

O primeiro passo para iniciar uma conversa casual é afastar o medo de falhar. Iniciar uma troca com alguém não precisa ser um grande desafio. Reconhecer a presença de outra pessoa e oferecer uma oportunidade de interação é o ponto de partida. Mesmo que a tentativa não saia como esperado, os efeitos negativos são mínimos e passageiros. O importante é dar o primeiro passo sem se apegar a possíveis desconfortos.

Antes de abordar alguém, observe se não está interrompendo outra conversa. Se for apropriado, tente uma aproximação com um comentário simples. Lembre-se de que o importante não é o conteúdo profundo da conversa inicial, mas sim o gesto de engajamento.

2. Não se preocupe em ser profundo ou original

Muitas vezes, as primeiras interações podem parecer superficiais ou um pouco forçadas, o que pode desmotivar as pessoas a tentar. Entretanto, todas as relações começam de maneira simples, e essas trocas iniciais são essenciais para construir conexões mais profundas. Comentários sobre o ambiente ou sobre a ocasião são formas eficazes de iniciar uma conversa. Perguntar sobre a opinião da outra pessoa ou fazer observações sobre o local são formas seguras de engajar.

As interações não precisam ser profundas ou memoráveis logo no início. O foco deve estar na criação de uma conexão, independentemente da simplicidade do tema abordado. Pequenas conversas são oportunidades de criar vínculos que podem se fortalecer com o tempo.

3. Foque na outra pessoa, não em si mesmo

Ao iniciar uma conversa, é comum ficar preso em pensamentos autocríticos ou na preocupação sobre como está sendo percebido. No entanto, esse tipo de autorreflexão pode prejudicar a capacidade de ouvir ativamente o que a outra pessoa está dizendo. Uma das chaves para o sucesso nas conversas informais é direcionar toda a atenção para o interlocutor.

Prestar atenção ao que a outra pessoa está dizendo, sem interromper ou fazer julgamentos, permite uma troca mais fluida e autêntica. Fazer perguntas é importante, mas deve ser feito de forma natural, sem transformar a conversa em um interrogatório. Quando o foco é a outra pessoa, o diálogo tende a fluir com mais facilidade, e as conexões se tornam mais significativas.

Essas três estratégias são simples de implementar e podem fazer toda a diferença na maneira como alguém se relaciona em situações sociais ou profissionais. Afinal, a habilidade de se comunicar de forma eficaz, mesmo em pequenas interações, pode abrir portas, fortalecer redes de contatos e melhorar a experiência em diversos contextos.

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