Coragem para assumir riscos e conexão entre colegas são os pilares que diferenciam times de alto desempenho (VioletaStoimenova/Getty Images)
Assistente de SEO
Publicado em 13 de outubro de 2025 às 16h27.
Última atualização em 3 de novembro de 2025 às 16h24.
Equipes de alta performance se destacam não apenas pela produtividade, mas também pela coragem de correr riscos, como dar feedbacks sinceros, apontar problemas e tomar decisões difíceis. O desafio, explica a Harvard Business Review, é que a biologia humana tende à autoproteção: no exato momento em que o desempenho exige ousadia, o cérebro prefere evitar o desconforto.
De acordo com o Institute for Health and Human Potential, o sucesso de uma equipe depende da disposição das pessoas em ultrapassar o que os autores chamam de “últimos 8%” — a parte mais desconfortável de uma conversa ou decisão.
Em média, os profissionais deixam de dizer cerca de 8% do que realmente pensam, por medo de reação, conflito ou rejeição. Esse silêncio seletivo impede que problemas sejam resolvidos antes de crescer e reduz a inovação.
Esse comportamento reflete o conflito entre desempenho e proteção. Enquanto as empresas precisam que seus times assumam riscos para avançar, o instinto humano busca segurança. Quando prevalece a autoproteção, o resultado é a repetição de erros, decisões adiadas e oportunidades perdidas, exatamente o oposto do que define uma equipe de alta performance.
A pesquisa mostra que o comportamento dos times é moldado por dois fatores: coragem, que permite fazer o que é difícil, e conexão, que garante confiança e pertencimento. A partir disso, surgem quatro tipos de cultura.
Na familiar, há empatia e laços fortes, mas pouca disposição para decisões duras. A transacional prioriza resultados imediatos e ignora relações. Já a baseada no medo combina insegurança e imprevisibilidade, fazendo as pessoas evitarem qualquer risco.
No outro extremo está a cultura dos “últimos 8%”, em que coragem e conexão coexistem. Nessas equipes, há confiança mútua, feedbacks constantes e senso de responsabilidade compartilhada.
Pessoas se sentem seguras para discordar e propor novas ideias, e gestores equilibram a cobrança com cuidado, criando o ambiente ideal para que a inovação floresça.
Segundo a Harvard Business Review, o primeiro passo é reconhecer em qual dessas culturas o time se encontra. Líderes devem abrir conversas sinceras sobre o clima interno e mostrar vulnerabilidade ao discutir suas próprias falhas. Esse gesto encoraja a transparência e ajuda a estabelecer um espaço de confiança.
Mais do que cobrar resultados, o papel do gestor é criar as condições para que as pessoas se sintam seguras o bastante para se arriscar. Quando há coragem para fazer o que é difícil e conexão suficiente para sustentar o grupo, surgem as equipes que realmente entregam alto desempenho.
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