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Por que há uma dança das cadeiras entre profissionais de saúde

Gerentes são os mais procurados e os salário pode chegar a 18 mil reais, segundo levantamento da consultoria Core Executive

Cadeiras: substituições de executivos estão em alta  (siraanamwong/Thinkstock)

Cadeiras: substituições de executivos estão em alta (siraanamwong/Thinkstock)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 15h00.

Última atualização em 9 de fevereiro de 2017 às 17h40.

São Paulo – O ano começou com grande número de substituições de executivos na área de saúde, segundo levantamento realizado pela consultoria de recrutamento Core Executive.

A pesquisa mostra que em janeiro surgiram 62 vagas para gerentes e diretores em empresas de planos de saúde, hospitais e centros diagnósticos, 25,5% mais oportunidades do que no mesmo mês de 2016. Em 80% dos casos houve troca de executivos e 20% são novas vagas.

Gerentes são os mais procurados, a posição responde por 72% das vagas. Rafael Revert, diretor executivo da Core Executive, diz que as empresas querem profissionais mais qualificados e que garantam resultados. Os salários para gerentes variam entre 12 mil e 18 mil reais e entre 22 mil e 45 mil para diretores.

A consolidação do setor, com a entrada de capital de fundos de investimento é um dos fatores que faz subir a régua para os executivos. A implementação de novo modelo de remuneração das operadoras de saúde para hospitais, clinicas e empresas de diagnósticos, segundo ele, é outro fator que explica a dança das cadeiras.

“O modelo é por performance e não, mais por atividade. Se por um lado o custo é menor, por outro o tratamento precisa ser mais eficaz para evitar que haja recidiva”, explica.  Até então a regra que dominava o mercado era a que definia que hospitais, clínicas e centros de saúde recebessem pagamentos com base no número de procedimentos efetuados no paciente.

Na nova modalidade, a remuneração é por paciente tratado, com valor fixo para caso clínico. Se a pessoa tiver o mesmo problema de saúde pouco tempo depois o hospital não vai receber mais para o tratamento.

A mudança tem sido a solução para seguradoras e operadoras de planos de saúde preservar a rentabilidade de suas carteiras, diante da diminuição do número de usuários. "Os profissionais que mais se destacam nos processos seletivos são aqueles que conseguem aceitar e se adaptar a esse perfil de gestão", diz Revert.

Executivos das áreas comerciais, de operações, auditoria, precificação e diretoria clínica são o foco das substituições. Hospitais são os que mais estão recrutando, com 55% das vagas.  Seguradoras e operadoras de planos de saúde vêm em seguida, com 30% das oportunidades e empresas de diagnóstico ficam com 15% restantes.

“Essa diferença é porque o número de hospitais no Brasil é maior. São por volta de 6 mil hospitais para um número entre 800 e mil operadoras de saúde, por exemplo”, diz Revert.

 

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