Redatora
Publicado em 9 de outubro de 2025 às 18h33.
O investment banking é o coração das grandes movimentações do mercado financeiro. É ali que nascem as operações que definem o destino de empresas, fundos e até governos, como emissões de ações, fusões, aquisições e reestruturações que moldam o ambiente corporativo global.
“Enquanto o banco de varejo cuida do dia a dia financeiro das pessoas, o banco de investimento atua em uma escala completamente diferente”, explica Giacomo Diniz, professor da EXAME | Saint Paul e especialista em finanças corporativas.
“Ele é o arquiteto por trás das operações que moldam o cenário econômico, sejam elas captações de recursos, aquisições de empresas ou reestruturações em tempos de crise.”
O professor explica que o investment banking se divide em três grandes frentes. A primeira é a captação de recursos, quando empresas buscam investidores por meio de emissões de ações (equity) ou títulos de dívida, como debêntures e bonds.
A segunda é a área de M&A (fusões e aquisições), que assessora companhias em processos de compra, venda ou fusão. E a terceira, menos visível, mas decisiva, é a de reestruturações financeiras, essencial em momentos de dificuldade.
“O banco de investimento tem um papel de orquestração”, afirma Diniz. “Ele estrutura as operações, define os termos, garante que tudo esteja em conformidade com as regras e, acima de tudo, conecta as pessoas certas a empresas que precisam de capital e investidores dispostos a aplicá-lo.”
Entre as três áreas, o M&A é considerado, segundo Diniz, o campo mais estratégico e sensível.
Cada operação envolve análises de mercado, estudo de sinergias, estruturação jurídica e financeira e longas rodadas de negociação. “O M&A é um jogo de xadrez”, afirma Diniz. “Antes de qualquer assinatura, existe uma preparação minuciosa: entender o valor real da empresa, prever riscos e alinhar expectativas entre todos os lados.”
Além da técnica, o professor destaca o fator humano. “Essas operações envolvem conselhos de administração, CEOs e fundos de investimento. O profissional precisa de habilidade relacional e inteligência emocional para saber ouvir, argumentar e conduzir processos que podem mudar o destino de uma companhia.”
O investment banking moderno exige mais do que domínio técnico. A volatilidade dos mercados e o avanço da tecnologia transformaram o setor em um ambiente multidisciplinar, onde dados, estratégia e comunicação caminham lado a lado.
“Hoje, quem trabalha com investment banking precisa unir visão analítica e narrativa. Não basta entender os números, é preciso explicar o que eles significam”, afirma Diniz.
Ele destaca também a importância da ética e da capacidade de lidar com cenários complexos: “São operações que movem economias inteiras. Responsabilidade e clareza são indispensáveis.”
Dominar fundamentos básicos e habilidades práticas é essencial para qualquer profissional que queira se destacar no mercado financeiro.
Pensando nisso, a EXAME e a Saint Paul Escola de Negócios desenvolveram o curso de educação executiva em Investment Banking.
O curso é ministrado por professores reconhecidos e experientes no mercado e oferece oportunidades para networking e troca de experiências.
São abordados teorias, conceitos e cases fundamentais sobre fusões & aquisições, mercado de capitais, private equity, research, corporate development, planejamento estratégico e finanças corporativas.