Jovens: mais de 30 empresas com vagas (Digital Vision/Thinkstock)
Camila Pati
Publicado em 4 de julho de 2017 às 15h00.
Última atualização em 4 de julho de 2017 às 15h00.
São Paulo – Pesquisa da consultoria Universum com 294 mil estudantes de engenharia/TI e de administração das 12 maiores economias do mundo – Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Reino Unido, Rússia – revela que a empresas gigantes (com mais de 1000 funcionários) não são as preferidas por eles.
É a primeira vez que as grandes corporações perdem atratividade na pesquisa anual global e André Siqueira, gerente da Universum Brasil, atribui a preferência por empresas não tão grandes ao boom das startups e novas empresas menores, em grande parte do mundo nos últimos anos.
“Chegando ao ponto que em 2017, pela primeira vez, os jovens nos disseram que prefeririam trabalhar mais neste novo universo, do que em grandes corporações”, diz.
Perguntados sobre para que tipo de empresa gostariam de trabalhar em relação ao tamanho, a maioria (32%) dos estudantes de engenharia e TI de um total de 149.226 jovens entrevistados escolheu as médias empresas, de 100 a 499 funcionários. Entre os 145.437 estudantes de administração, a mesma tendência entre a maioria: 31% optariam pelas médias.
As empresas com mais de mil pessoas ficam também ligeiramente atrás das consideradas grandes – entre 500 e mil empregados.
“Chamados, às vezes, de Geração Impacto, esses estudantes de hoje querem fazer a diferença e podem ter a percepção de que não conseguem ter um impacto grande em empresas como as 500 maiores segundo a Fortune”, diz Claudia Tattanelli, diretora global da Universum, no relatório da pesquisa.
Confira os resultados:
Porte | % de estudantes de engenharia e TI | % de estudantes de administração |
---|---|---|
Micro (menos de 10 funcionários) | 3% | 3% |
Pequena ( de 10 a 99 funcionários) | 14% | 13% |
Média ( de 100 a 499 funcionários) | 32% | 31% |
Grande (de 500 a mil funcionários) | 26% | 27% |
Macro ( mais de mil funcionários) | 25% | 26% |
Segundo o gerente da Universum no Brasil, essa tendência é maior em países desenvolvidos. Por aqui as grandes empresas ainda dominam o imaginário dos estudantes, ainda que startups e fintechs já despontem em rankings de satisfação profissional.
“Claramente isso está muito correlacionado ao atual momento econômico que estamos vivenciando no país nos últimos anos - demissões em massa por grandes empresas, desemprego em alta, muitas empresas pequenas (e grandes também) fechando as portas, por isso eles veem que a possibilidade de isso acontecer com grandes multinacionais é muito menor do que com empresas menores", diz.