São Paulo - Várias pesquisas buscam entender o que a geração Y pensa sobre carreira, seus interesses e até medos, prevendo que esses jovens irão revolucionar o mercado de trabalho no mundo.
No entanto, nem sempre os profissionais dessa geração pensam diferente de seus predecessores quando o assunto é ambiente de trabalho.
É o que mostra um novo estudo realizado pela IBM chamado “Mitos, exageros, e verdades incômodas: a verdadeira história sobre a geração Y no trabalho”, que busca desmistificar a ideia de que somente a geração Y estaria preocupada com certos aspectos no ambiente profissional.
A pesquisa foi realizada com 1784 funcionários de empresas em 12 países e 6 indústrias, com o objetivo de comparar as preferências e padrões comportamentais da geração Y com a geração X (35 - 49 anos) e os baby boomers (50 - 60 anos).
E, ao contrário do que muitos pensam, ela revela que essas três gerações têm opiniões muito parecidas sobre carreira.
Ao serem questionadas sobre as qualidades mais importantes em um gestor, por exemplo, todas elas afirmaram que preferem ter um chefe ético e justo, com 35% de votos da geração Y, 37% da geração X e 35% dos baby boomers.
Outros itens mais valorizados pelos profissionais são a transparência e confiabilidade.
Os objetivos de carreira de cada geração também são bem parecidos, sendo que a geração Y é a que mais tem vontade de impactar positivamente a organização onde trabalha, com 25% contra 21% da geração X e 23% dos baby boomers.
Os pesquisadores também perguntaram aos profissionais sobre quais os maiores motivos para uma empresa recompensar seus funcionários.
Surpreendentemente, a maioria dos entrevistados da geração X pensa que todos devem ser reconhecidos em um time de sucesso, uma opinião normalmente atribuída aos profissionais da geração Y.
Não há dúvidas de que a geração Y está sempre conectada. No entanto, não é porque esses jovens têm facilidade para lidar com a tecnologia que eles desejam fazer tudo virtualmente. E esse é outro mito abordado no estudo.
Acontece que a geração Y prefere contatos face a face ao aprender novas habilidades no trabalho.
Dentre as três preferências desses profissionais estão a oportunidade de participar de conferências e eventos (39%), participar de treinamentos em sala de aula (37%) e trabalhar próximo a colegas mais experientes (36%).
Além disso, a pesquisa ainda revela que os profissionais da geração X são os que mais usam as redes sociais tanto para fins pessoais (59%), quanto para obter informações sobre o mercado (59%) e divulgar as marcas de sua empresa (62%). Veja no gráfico.
E quando o assunto é deixar a empresa para uma nova oportunidade, todas as três gerações (42% da geração Y, 47% da geração X e 42% de baby boomers) afirmaram que sairiam do emprego atual se tivessem uma oferta de trabalho em um ambiente mais inovador e com maior salário.
Veja a pesquisa completa, em inglês neste link.
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1. A carreira dos sonhos
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1/19 (Rose Lincoln/Harvard)
São Paulo – Nem ser chefe, nem ter uma carreira internacional. O que os jovens realmente querem para a própria trajetória é qualidade de vida. Pelo menos é o que mostra levantamento da
Universum feito a pedido de EXAME.com.
Dos 23 países analisados pela consultoria em 2013, os jovens de 20 deles apontaram o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional como o primeiro plano para a própria carreira.
No Brasil, por exemplo, quase 60% dos entrevistados sonham com um
emprego que garanta
qualidade de vida. Mas não só. Eles também querem um trabalho estável e que ofereça um senso de propósito.
Compilamos o ranking de metas e a expectativa do
salário inicial médio dos jovens de cada país.
Atenção: os dados em dólares são referentes a 2013. A conversão para reais levou em conta apenas o
câmbio desta segunda-feira – sem levar em conta outras variáveis do mercado no último ano.
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2. Áustria
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2/19 (Patrick Domingo/AFP/Getty Images)
Apesar da busca por equilíbrio, os jovens da Áustria querem também desafios. O salário médio esperado lá é mais ou menos US$ 3,5 mil (ou o equivalente a cerca de R$ 7,8 mil)
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3. Brasil
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3/19 (Agência USP)
A estabilidade e o propósito na carreira também são alvos dos jovens brasileiros. Por aqui, o salário médio esperado após a faculdade é de cerca de US$ 1,8 mil (ou o equivalente a mais ou menos R$ 3,9 mil)
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4. Canadá
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4/19 (Divulgação)
Em termos de expectativas profissionais, os canadenses compartilham dos mesmos sonhos que os brasileiros. No entanto, são mais ambiciosos quando o assunto é salário. Por lá, a remuneração esperada é de US$ 4,1 mil (ou o equivalente a pouco mais de 9 mil reais)
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5. China
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5/19 (Natalie Behring-Chisholm/Getty Images)
Uma vida equilibrada, um emprego estável e um cargo de liderança: eis o emprego ideal para um jovem chinês. O salário médio que eles esperam ao sair da faculdade é de pouco mais de mil dólares (ou o equivalente a cerca 2,3 mil reais)
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6. Dinamarca
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6/19 (JAY DIRECTO/AFP/Getty Images)
Os jovens dinamarqueses querem, além de qualidade de vida, um trabalho que tenha um propósito e que os desafie. Em termos de salário, a expectativa é por uma remuneração que chegue a 11 mil reais logo de cara (ou o equivalente a US$ 5,4 mil)
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7. Finlândia
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7/19 (OLIVIER MORIN/AFP/Getty Images)
Os jovens finlandeses também buscam estabilidade e desafio, além de qualidade de vida, em um emprego. Em termos de salário, querem chegar no mercado com uma remuneração média de 3,7 mil dólares (ou o equivalente a cerca de R$ 8,3 mil)
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8. Alemanha
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8/19 (Divulgação)
Além de qualidade de vida, estabilidade e desafios, os jovens alemães sonham com um salário de US$ 4,4 mil (ou cerca de 9,6 mil reais)
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9. Hong Kong
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9/19 (Jerome Favre/Bloomberg)
Em Hong Kong, o salário médio esperado é cerca de US$ 2,2 mil (ou o equivalentea a R$ 4,9 mil)
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10. Índia
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10/19 (Getty Images)
Os jovens indianos fugiram à tendência do resto do mundo. Para eles, estabilidade no emprego vale mais do que qualidade de vida. Pouco mais de 30% deles também miram uma carreira internacional. O salário médio esperado é de US$ 976 (algo em torno de 2,1 mil reais).
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11. Itália
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11/19 (Flickr.com/ bindalfrodo)
Na Itália, a expectativa média de salário é de US$ 2.069 (ou o equivalente a R$ 4,5 mil)
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12. Japão
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12/19 (Bloomberg)
Como poucos jovens ao redor do mundo, 24% dos japoneses entrevistados querem ser especialistas em alguma área. A expectativa de remuneração deles é de US$ 3.208 (ou cerca de R$ 7 mil) logo após a faculdade.
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13. Noruega
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13/19 (JOE KLAMAR/AFP/Getty Images)
O salário inicial esperado por um jovem norueguês é de US$ 6,5 mil (ou cerca de R$ 14,4 mil)
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14. Singapura
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14/19 (Wikimedia Commons)
A expectativa de salário inicial no Singapura é de US$ 2,7 mil (ou cerca de R$ 6 mil)
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15. Espanha
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15/19 (Cesar Manso/AFP Photo)
Os jovens espanhóis querem segurança no emprego ao mesmo tempo em que sonham com uma carreira empreendedora e inovadora (portanto, recheada de riscos). O salário inicial esperado é de US$ 2.072 (ou cerca de R$ 4,5 mil).
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16. Reino Unido
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16/19 (Getty Images)
Estabilidade e desafio, além de uma vida equilibrada. Eis a receita de carreira para fazer um jovem inglês feliz. O salário esperado por eles fica na faixa dos US$ 3,6 mil (ou cerca de R$ 8 mil)
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17. Estados Unidos
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17/19 (Jon Chase/Harvard)
Nos Estados Unidos, por fim, o salário médio esperado é de US$ 4,3 mil (ou o equivalente a R$ 9,5 mil)
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18. Veja onde estrear no mercado de trabalho
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18/19 (Getty Images)