Carolina Bento: a decisão de priorizar a maternidade foi essencial para o sucesso na carreira (Arquivo Pessoal)
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Publicado em 18 de dezembro de 2024 às 09h00.
Carolina Bento sempre teve um olhar atento para as pessoas. Foi esse interesse, inclusive, que a levou a cursar Psicologia e, mais tarde, a construir uma carreira de sucesso na área de Recursos Humanos. E não há exagero em dizer isso: ela começou como estagiária, passou por cargos de analista, especialista, coordenadora e, degrau por degrau, chegou à posição de diretora. Uma trajetória de quem conhece bem o peso e o valor de cada passo.
Mas isso só foi possível porque ela sempre buscou manter uma prioridade clara: a vida pessoal nunca deveria conflitar com a profissional. Foi assim por muito tempo, mas chegou um momento em que foi preciso recalcular a rota e fazer escolhas (nem todas fáceis).
“Sempre tive o sonho de ser mãe”, revela. “Minha mãe brinca dizendo que, quando eu era criança, ela me perguntava o que eu queria ser quando crescer. E eu dizia que queria ser ‘mãe’. Apenas mãe. Desde sempre, maternar foi um sonho muito grande”, explica.
Mas, na posição de especialista em uma multinacional, ela sabia que o volume de trabalho e as viagens constantes poderiam conflitar com esse desejo. Uma perda dolorosa a fez repensar tudo: Carolina perdeu um filho com apenas um mês após o nascimento. “A vida ganha outra perspectiva nesses momentos”, diz. “Decidi, então, dar um passo para trás”, lembra.
Depois de sete anos na empresa, ela escolheu fazer uma transição de carreira para priorizar o sonho de ser mãe. Isso significou ir para uma companhia menor em um cargo abaixo do que ocupava antes. Ela diz que foi a melhor decisão que ela poderia tomar.
“Eu amo trabalhar. Isso nunca foi um problema para mim. Mas sabia que em uma gestação isso poderia ficar limitado”, conta. “Apareceu uma oportunidade, na hora certa, e consegui tomar uma decisão, que foi a melhor pra mim”, explica. “Graças a Deus fiz essa escolha.”
Foi aí que uma nova jornada começou na vida de Carolina. Em 2014, ela ingressou na Wiz Co, uma corretora de seguros especialista na venda em balcões de bancos e na distribuição de consórcio e crédito. No mesmo ano, ela descobriu que estava grávida novamente.
Uma liderança empática, segundo ela, fez toda a diferença para lidar com esse período. “Na época, minha gestora e diretora foram extremamente empáticas, entenderam meu momento e minhas escolhas”, conta.
E não deu outra: poucos meses após retornar da licença-maternidade, Carolina foi promovida. Era como se a decisão de dar um passo para trás tivesse pavimentado o caminho para um avanço na carreira. Hoje, ela segue na Wiz Co como Diretora Executiva de Gente & Cultura e também integra o Clube CHRO da EXAME Corporate Education.
Carolina percorreu quase todas as etapas de uma trajetória profissional – de estagiária a diretora. E, ao longo de mais de 20 anos de carreira, acumulou aprendizados valiosos.
Um dos mais significativos, segundo ela, foi se tornar uma líder empática. Exemplo disso foi a forma como apoiou suas lideradas durante a maternidade. “Todas elas tiveram licenças tranquilas”, afirma. “Fui empática porque sabia exatamente o que significava uma noite mal dormida ou uma criança doente em casa”, lembra.
Conciliar as necessidades dos colaboradores com os objetivos do negócio é outro aprendizado que a acompanha. “Minhas experiências me ensinaram a criar políticas que transformam as necessidades das pessoas em parte da cultura da empresa”, explica. “E isso inclui iniciativas de gênero, que ajudam mulheres a navegar por essa jornada.”
Em 2024, esses aprendizados resultaram em uma indicação ao Prêmio CEOs e RHs Mais Admirados, promovido pelo Grupo Gestão RH. “Fiquei impressionada quando soube que tinha sido indicada”, compartilha.
“Participar de um prêmio desse me mostra que estou no caminho certo, fazendo as escolhas certas e gerando impacto em pessoas que acreditam na forma como eu enxergo o RH. É um orgulho muito grande. Fico muito feliz”, finaliza.
*Este conteúdo é apresentado por EXAME Corporate Education.