O diretor-presidente do Goldman Sachs, David Solomon, repetiu na quarta-feira seu desejo de ver os escritórios do banco repletos de funcionários novamente. (Bloomberg/Getty Images)
Leo Branco
Publicado em 24 de fevereiro de 2021 às 15h15.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2021 às 15h55.
O diretor-presidente do Goldman Sachs, David Solomon, repetiu na quarta-feira seu desejo de ver os escritórios do banco repletos de funcionários novamente.
“Isso não é ideal para nós e não é um novo normal”, disse Solomon em conferência do Credit Suisse. “É uma aberração que vamos corrigir o mais rápido possível.”
O CEO, de 59 anos, tem sido um dos líderes empresariais que mais pressionam por medidas do governo para agilizar o retorno dos funcionários aos escritórios. Solomon tem incentivado autoridades a buscarem apoio do setor privado para acelerar o processo.
Firmas de Wall Street haviam se preparado para receber um grupo maior de funcionários em seus arranha-céus vazios no ano passado, mas o aumento de casos de coronavírus paralisou os planos. Algumas ficaram ainda mais frustradas com os problemas da campanha de vacinação que atrasaram o retorno à normalidade pré-Covid.
“A distribuição de vacinas e o processo de recuperação têm sido um pouco mais lentos no primeiro trimestre do que alguns de nós esperávamos”, disse Solomon. Mas o estímulo extra do governo e o potencial para um projeto de lei de infraestrutura depois da aprovação do pacote de alívio devem dar um impulso “muito forte” à recuperação econômica, disse.
Em alguns períodos do ano passado, o Goldman Sachs teve cerca de 25% da força de trabalho nos escritórios em Nova York, um nível semelhante em Londres e até metade da equipe em algumas unidades na Ásia.
Solomon destacou que o aumento de casos de Covid mudou esse quadro, mas disse que “é uma coisa temporária”.
O CEO do Goldman enfatizou a necessidade de analistas recém-contratados serem introduzidos ao ambiente de Wall Street em suas mesas de escritório.
“Estou muito focado no fato de que não quero outra classe de jovens chegando remotamente ao Goldman Sachs no verão”, disse Solomon.