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Para o CEO do Google, o futuro não é 100% home office. Esta é sua aposta

Trabalho em casa ou no escritório? O futuro do trabalho será diferente e o Google já se prepara para isso

Sundar Pichai, CEO do Google: “Eu vejo o futuro definitivamente sendo mais flexível (Stephen Lam/Reuters)

Sundar Pichai, CEO do Google: “Eu vejo o futuro definitivamente sendo mais flexível (Stephen Lam/Reuters)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 28 de setembro de 2020 às 16h44.

Última atualização em 28 de setembro de 2020 às 18h16.

Mesmo com a previsão de retorno ao trabalho presencial apenas em meados de julho de 2021, o Google já começou a pensar em como será o escritório do futuro da empresa.

Para quem acreditava que o trabalho se tornaria 100% virtual no gigante de tecnologia, o presidente Sundar Pichai conta uma novidade em entrevista para a revista Time: eles estão adaptando os escritórios para se preparar para um futuro de trabalho híbrido.

Com o teste mundial do home office durante pandemia, há quem ame e quem abomine o modelo. E a tendência é que as empresas não façam a escolha entre uma forma ou outra, mas se adaptem para que os funcionários tenham mais flexibilidade.

“Eu vejo o futuro definitivamente sendo mais flexível”, conta Pichai na entrevista.

O modelo híbrido já está sendo adotado em mais empresas agora. Na Petrobras, todos os funcionários de cargos administrativos podem sinalizar ao RH se desejam fazer o home office por até três dias na semana.

A opção não é obrigatória e o profissional pode indicar menor frequência ou até mudar de ideia no futuro. A petroleira, no entanto, só vai mudar os espaços de escritório depois que for determinado o fim da calamidade pública de saúde. Por enquanto, todos os colaboradores continuam com a opção de trabalhar de casa em tempo integral.

Segundo pesquisa interna com 13.400 empregados, cerca de 86% classificou a experiência de teletrabalho como ótima ou boa e 82% tem interesse em adotar o teletrabalho em até três dias.

E enquanto muitas empresas vão correr atrás para tornar seus espaços mais parecidos com o Google após a pandemia, a companhia passará por uma mudança própria pensando nesse modelo híbrido de trabalho.

“Nós acreditamos que o contato pessoal, estar junto e ter senso de comunidade é superimportante quando temos de resolver problemas difíceis ou criar algo novo. Então não vemos isso mudando, e não achamos que o futuro é apenas 100% remoto ou algo assim”, comenta Pichai.

Em pesquisa interna do Google, os funcionários indicaram que gostariam de voltar ao escritório algum dia, mas para socializar com colegas e colaborar em projetos. E 62% dos funcionários disseram que só precisam estar no escritório alguns dias da semana para fazer seu serviço direito.

Enquanto isso, 15% disseram que só sentem a necessidade de estar presente para alguns eventos pontuais e 10% acham que nunca precisariam voltar. Somente 8% responderam que era necessário estar todo dia na firma.

Outro fator citado pelo CEO foi a qualidade (e custo) de vida para os funcionários. “Sempre me questionei, quando você vê pessoas se deslocando por 2 horas e para longe da família e amigos numa sexta-feira, eles não podem ter planos. Acho que podemos melhorar isso”, disse ele.

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