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Como entrar nas principais escolas de negócio do mundo

As principais escolas de negócios do mundo fizeram mudanças nos testes de admissão. Veja como se preparar


	Harvard Business School: instituição quer mais conexão com o mundo 
 (Divulgação)

Harvard Business School: instituição quer mais conexão com o mundo  (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2013 às 15h04.

São Paulo - Nos últimos anos, devido à crise econômica na Europa e nos Estados Unidos, as principais escolas de negócios fizeram mudanças em seu processo de seleção. O objetivo é formar líderes com visão mais sustentável dos negócios. A seguir, a Fortuna Admissions, uma consultoria formada por ex-diretores de admissões de importantes escolas internacionais de negócios, orienta como ter sucesso nos testes.

Para os brasileiros

Caroline Diarte Edwards, consultora da Fortuna e ex-diretora de admissões da francesa Insead, enfatiza que para os candidatos brasileiros é importante convencer a escola de que têm perspectiva de fazer uma carreira internacional. “Os candidatos brasileiros precisam demonstrar uma visão geral e motivações internacionais para estudar nos Estados Unidos ou na Europa.

As escolas encontram muitos candidatos que têm currículo e ambições com um enfoque muito localizado em seu próprio país. Os profissionais que aspiram a um ingresso precisam explicar por que querem cursar MBA em uma grande escola internacional e como isso se encaixa em suas ambições profissionais gerais.” 

A boa notícia, segundo Caroline, é que os brasileiros, na maioria das vezes, são muito colaborativos com a comunidade estudantil, o que os torna mais atraentes para as comissões de admissão. “Eles costumam ser dinâmicos e animados dentro e fora da sala de aula, por isso as escolas gostam de escolher brasileiros.”

Discussão em equipe

A Wharton, escola de negócios da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, adotou um novo formato de entrevista. Além do encontro um a um, agora os candidatos selecionados participam de uma discussão em equipe com outros cinco ou seis candidatos. Judith Silverman Hodara, ex-diretora de admissões na Wharton, recomenda que os entrevistados se lembrem de escutar, além de manifestar suas próprias ideias. 

“A escola quer avaliar como você interage com os outros e como você aborda e analisa cenários de negócios no mundo real”, diz Judith. Uma das principais queixas que ela viu em relatórios de entrevistas ao longo dos anos é de que o candidato não sabia quando parar de responder a uma determinada pergunta, ou tentava conduzir a conversa para temas que ele queria discutir, ou simplesmente não captava as dicas verbais e não verbais do entrevistador. ”O candidato deve ir para as entrevistas confiante de seu preparo, sem ser ensaiado demais”, afirma Judith. 


Ligação entre candidato e instituição

A Columbia Business School, de Nova York, hoje pede que os candidatos assistam a um vídeo de três minutos intitulado Comunidade em Columbia e então escrevam até 250 palavras sobre por que querem participar dessa comunidade.

A NYU Stern, também de Nova York, fez sua primeira grande mudança nas perguntas para redações em seis anos, solicitando aos candidatos que descrevessem dois caminhos diferentes que sua carreira poderia seguir no longo prazo e como seus caminhos se ligariam à missão da NYU Stern?

Para Pete Johnson, da Fortuna, ex-diretor de admissões na UC Berkeley Haas, essas perguntas são coerentes com a crescente importância que as escolas de negócios estão dando para que os candidatos se encaixem no programa que pretendem cursar, e um claro sentido de metas profissionais depois do MBA.

“Existem muitos candidatos com excelentes notas em GPA e GMAT”, afirma Johnson. “Por isso as escolas querem saber a capacidade do candidato de descrever metas de carreira coerentes e interessantes e mostrar como esses objetivos se encaixam na escola.”

Paralelo com o mundo real

Em Harvard, que fica em Cambridge, nordeste dos Estados Unidos, a comissão de admissão ao MBA reduziu o número de redações exigidas de quatro para duas, e pediu aos candidatos que usassem 400 palavras em cada ensaio para contar à escola algo em que se saíram bem e algo que gostariam de ter feito melhor.

Com base nas respostas — e em notas de testes GMAT ou GRE, currículo, histórico acadêmico e três cartas de recomendação —, cerca de 20% dos candidatos conseguirão uma entrevista.

Depois, Harvard dá aos candidatos 24 horas para apresentar uma reflexão por escrito sobre a experiência da entrevista. A escola insiste que isso não é mais uma redação, e sim um paralelo com o mundo real, onde você pode ter de resumir uma reunião em um e-mail no dia seguinte. n

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