Procurando novo emprego: foi-se o tempo em que o profissional entrava em desespero quando ficava desempregado (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2012 às 11h19.
São Paulo - Há quem diga que o modelo de crescimento baseado no estímulo ao consumo interno não suportou as influências da crise na Europa.</p>
A Você S/A consultou 10 especialistas no assunto e eles disseram que o desemprego deve continuar caindo. No entanto, há setores mais robustos e que devem contratar mais. Conheça o potencial de contratação da economia nacional.
A todo vapor
Indústrias extrativas de carvão mineral, petróleo, minerais metálicos e não metálicos, alimentos e bebidas, máquinas e aparelhos elétricos e eletrônicos, construção civil e serviços em instituições financeiras
Os setores tiveram bom desempenho ao longo do ano, com grande volume de contratações, devendo continuar com essa perspectiva até março de 2013. A indústria extrativa se beneficia das commodities com alta competitividade no mercado externo, e esse cenário não deve mudar tão cedo, segundo Sandra Gioffi, diretora de talento e organização da consultoria Accenture. Os profissionais mais procurados são técnicos e engenheiros com especialização e experiência em coordenação ou participação em projetos de implementação de processos, diz Marcelo Cuellar, gerente da consultoria de recrutamento Michael Page.
Média capacidade
Indústria de papel, celulose, química, automotivo, comércio varejista, comunicações,
tecnologia da informação e agricultura
Eles apresentaram períodos alternados com demissões desde 2011 até o primeiro semestre deste ano, devendo seguir em ritmo um pouco maior de contratações até o final do primeiro trimestre de 2013. O varejo é um dos termômetros mais precisos de avaliação do aquecimento de uma economia e, com o consumo voltando, há uma perspectiva de crescimento.
Baixo potencial
Refino de petróleo, álcool, borracha e plástico, metalurgia, metal-mecânica, têxtil, vestuário, calçados e couro e madeira
O potencial de contratação de parte da indústria de transformação é o mais baixo até março de 2013. Depois de um período intenso de demissões, esses setores devem recomeçar a contratar em ritmo mais lento do que os demais. A disputa com a entrada de produtos importados, fabricados principalmente na China, e o dólar em alta prejudicaram principalmente as indústrias têxtil, de vestuário e calçados. Segundo analistas, esses setores começam a dar sinais de reação aos recentes estímulos dados pelo governo.