Carreira

Os cursos certos no exterior para cada momento da carreira

Saiba qual o perfil profissional indicado para cinco tipos de programas de estudos que existem nas escolas de negócios internacionais

EXAME.com (EXAME.com)

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Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 29 de março de 2013 às 08h00.

São Paulo - Um curso no exterior pode ser o que falta para muitos profissionais que querem dar um “up” na carreira. Isso porque já está comprovado que o investimento dá resultado.

“Na média o incremento salarial é de 60% a 100% para quem faz um Master, um MBA ou um Global Executive MBA”, diz Jordi Diaz, reitor da EADA – Escuela de Alta Dirección y Administración – com sede em Barcelona, Espanha.

De acordo com Ricardo Betti, da MBA Empresarial, entre todos os programas, a preferência dos brasileiros é pelo MBA. “Eles enxergam a chance de conseguirem o emprego dos sonhos após a conclusão do curso, porque as empresas recrutam funcionários nas próprias escolas de negócios”, explica.

No entanto, Betti explica que muitas vezes, as pessoas chegam ao seu escritório sem saber direito qual o curso certo para o seu momento atual de carreira e o seu perfil. “Tem gente que já fez a triagem, mas há aqueles que não sabem nada e aí a gente faz a análise de perfil para encontrar o programa certo dentro da enorme variedade oferecida pelas escolas”, diz. 

Pensando nisso, EXAME.com consultou especialistas para saber qual o perfil indicado para cinco tipos de programas de estudos que existem nas escolas de negócios internacionais. Confira quais são eles e para qual momento de carreira eles são indicados:

1 Curso de verão

A oportunidade de ter uma experiência internacional curta, durante as férias da faculdade, em julho, é o atrativo dos cursos de verão oferecidos pelas escolas de negócios. O público alvo, diz o reitor da EADA, neste caso, são os jovens universitários. 

“Este programa é para estudantes entre 20 e 22 anos, interessados em se destacar e ganhar uma vantagem competitiva frente aos seus colegas que não têm a oportunidade de estudar no exterior”, diz Diaz.

Isso acontece, porque na hora de se inscrever para um programa de trainee ou estágio em grandes empresas e multinacionais, quem já conta com uma experiência internacional sai na frente. “Geralmente são os alunos mais brilhantes que optam pelo curso”, diz o reitor da EADA. Além da EADA, programas de verão para universitários existem Harvard, Columbia e Yale, por exemplo.


2 Master

Recém-formados na universidade que desejem prosseguir seus estudos nos exterior, como foco na formação profissional, são o público certo para o Master. “Geralmente os alunos do Master têm entre 22 anos e 26 anos, já fizeram estágios mas ainda não têm bagagem profissional”, explica o reitor da EADA.

Apesar do nome, o Master guarda pouca relação com o ambiente acadêmico, ao contrário de um mestrado, por exemplo. Ele é uma pós-graduação voltada para a formação profissional. “É uma formação mais profissional”, diz Diaz.

“Há uma infinidade de áreas diferentes de especialização que os alunos podem escolher”, lembra Ricardo Betti. Basta ter título de bacharel e escolher a área que mais agrada. “Pode ser em marketing, em finanças, economia, dentre outros. É bem profissionalizante”, diz ele.

Na EADA, por exemplo, há programas de Master em management e international management. “O foco é parecido com o do nosso MBA, mas voltado para alunos com perfil de Master”, diz Diaz. A duração do programa é de aproximadamente 1 ano.

3 MBA full-time

Para se candidatar a um MBA, o mais popular programa de estudos no exterior, segundo Betti, é preciso ter no mínimo 3 anos de experiência profissional. “A necessidade da bagagem profissional é diferença chave entre o perfil dos alunos do Master e o perfil de quem faz um MBA”, explica o reitor da EADA.

A duração do programa pode variar de um a dois anos em período integral e há diversos rankings internacionais que classificam os melhores MBAs. Na EADA o programa é de 1 ano. Geralmente os alunos de MBA têm entre 27 anos e 35 anos e estão em busca de ascensão profissional ou de mudança de carreira. Eu diria de 40% dos alunos de MBA estão lá porque pensam em mudar de carreira e 60% querem acelerar a carreira”, diz Betti. 

Ele mesmo conta que fez parte do primeiro grupo, quando decidiu fazer um MBA no Massachusetts Instituto f Technology (MIT), ainda na década de 1980. “Era médico por formação, mas única certeza que eu tinha era que não queria ser médico”, conta.

Todo processo de admissão em um programa de MBA no exterior conta com um exame, o GMAT (Graduate Management Admission Test), explica Betti. “Metade do teste é de matemática”, diz ele.

Já no Master essa não é uma obrigatoriedade. “Alguns têm outro não, se o curso é quantitativo pode pedir, mas aqueles mais qualitativos não precisam”, diz.


4 Global Executive MBA

“Estes são programas voltados para os profissionais mais sêniores, do alto escalão das empresas que não podem deixar de trabalhar por 1 ou dois anos como no caso do MBA”, explica Betti. 

Para ser elegível para um MBA Executivo é preciso ter em torno de 10 ou mais anos de estrada profissional. Como no Master, há uma enormidade de desenhos possíveis oferecidos pelas escolas de negócios aos interessados que têm, em média, 35 anos.

“Na EADA, o Global Executive MBA geralmente é feito por profissionais que têm o apoio das empresas. São encontros de uma semana a cada 2 meses, totalizando 10 encontros em 18 meses”, explica Diaz. 

Mas, a duração varia bastante podendo chegar a 25 meses. Há programas que oferecem aulas duas vezes por semana, a cada 15 dias, como é o caso Wharton School, que aparece no topo do mais recente ranking de MBA executivo da Poets &Quants.

5 Cursos rápidos de negócios

Com algumas semanas ou até dias de duração, os cursos rápidos de negócios também são outra opção para quem já está no mercado e quer aprimorar suas competências profissionais. “A variedade de cursos é muito grande”, diz Betti. 

Harvard Business School, Booth School of Busines da Universidade de Chicago, Leonard N. Stern School of Business da Universidade de Nova York e Wharton School da Universidade da Pensilvânia são algumas das escolas que têm este tipo de curso. 

Em Harvard, por exemplo, há cursos rápidos que ensinam técnicas de negociação, que transmitem conceitos para quem faz negócios com a China ou ainda que dão as ferramentas necessárias para quem está pensando em mudar de carreira. 

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