Carreira

Os brasileiros amam o home office, mas não na quarentena

A cofundadora da Pin People, startup responsável pela pesquisa sobre a experiência no home office, participou hoje da HR.Rocks!

Home office: apesar da diferença salarial entre homens e mulheres ter diminuído de 21% para 14%, elas ainda têm ganhos inferiores a eles (Ponomariova_Maria/Getty Images)

Home office: apesar da diferença salarial entre homens e mulheres ter diminuído de 21% para 14%, elas ainda têm ganhos inferiores a eles (Ponomariova_Maria/Getty Images)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 21 de maio de 2020 às 19h27.

Última atualização em 21 de maio de 2020 às 20h24.

A experiência de fazer home office por causa da quarentena do coronavírus poderia ser melhor. No entanto, os brasileiros amam trabalhar de casa.

Foi um sentimento unânime medido pela pesquisa da Pin People, que ofereceu gratuitamente sua ferramenta para medir a experiência dos funcionários no trabalho remoto. Mais de 100 empresas participaram e cerca de 100.000 colaboradores responderam às questões.

A proposta é muito simples e foi colocada em ação pela startup de tecnologia em recurso humanos em pouco tempo.

No começo da quarentena, em março, um membro da equipe da Pin People levantou a ideia de oferecer o serviço deles de experiência do empregado (no inglês, employee experience) e a análise usando inteligência artificial para ajudar outras empresas.

Qualquer empresa pode participar da pesquisa de graça e ter os resultados rapidamente. É só consultar o site.

“Ao longo de um final de semana, fizemos ligações com clientes para perceber o interesse. Decidimos criar o produto e viramos duas noites para lançar a pesquisa”, conta Frederico Lacerda, cofundador e CEO da startup.

Isabella de Arruda Botelho, CRO e cofundadora da Pin People, participou do terceiro dia da conferência HR.Rocks!. Ela contou sobre as tendências no uso de dados para tomar decisões na área de pessoas.

Na entrevista, a executiva conta que a preocupação com o colaborador surgiu inspirada pela área de sucesso do cliente.

 

 

“A gente viu muito as empresas investindo na experiência de seu cliente final, até que se entendeu que a experiência do consumidor é diretamente relacionada também com a experiência dos colaboradores que estão vendendo aquele produto e aquele serviço”, explicou ela.

Assim, o funcionário começa a ser tratado como o principal cliente. As empresas que fizeram a pesquisa com a startup tiveram uma medição quase em tempo real do clima e pontos onde poderiam melhorar o home office.

Em todas as empresas, uma média de quase 30% das pessoas declarou que não estão bem emocionalmente. Junto com os dados, a inteligência artificial aplicada pela HR Tech observou que os problemas de saúde mental não possuem correlação com o trabalho remoto, mas são associados à situação geral da pandemia e às incertezas do futuro.

Os dados também mostram que mães apresentam maior problema com saúde mental e pior experiência no home office do que pais. E que muitos empregados tiveram um aumento na carga de trabalho.

No último dia da HR.Rocks!, o tema foi justamente como melhorar a jornada dos funcionários. Além da Pin People, também participaram especialistas e executivos da Smart Comms, Kenoby, Share RH, Teya, Loggi, Movile, iFood e Blend Edu.

Para encerrar os três dias de evento, a EXAME terá um bate-papo ao vivo, às 20h, mediado por Victoria Auada e com participação da Sofia Esteves, do grupo Cia de Talentos e de Francisco S. Homem de Mello, CEO da Qulture.Rocks.

Quem perdeu os conteúdos pode se cadastrar gratuitamente pelo site para ter acesso a todos os vídeos de três dias de evento e das duas edições anteriores. Confira aqui.

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