Estudos realizados na universidade americana de Illinois comprovam que alunos que já eram considerados felizes durante a faculdade trilharam uma carreira com mais propósito (Pixabay/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2022 às 11h47.
Última atualização em 16 de março de 2022 às 12h56.
O mundo corporativo muitas vezes nos vende a ideia de que para conquistar sucesso na carreira, é preciso abdicar de conforto em outras áreas da vida. É muito comum acompanhar histórias de êxito de quem enfrentou dificuldades ao longo de sua jornada profissional. Mas muito longe de desmerecê-las, a máxima ‘para ser feliz no futuro, você deve sofrer no presente’ não necessariamente se aplica na realidade atual.
Segundo Luiz Gaziri, professor na FAE Business School, autor, consultor e especialista em comportamento humano, estudos realizados na universidade americana de Illinois comprovam que alunos que já eram considerados felizes durante a faculdade trilharam uma carreira com mais propósito. “Quanto mais felizes somos hoje, mais curto é o nosso caminho para conquistar o sucesso”, afirma.
Para o especialista, aquela era que combina jornadas de trabalho extensas, sem pausas para o almoço, cujas conquistas são fruto da renúncia de momentos em família ou lazer, deve permanecer no passado. Como o exemplo claro de um ambiente de trabalho que não deve ser frequentado pela família de empregadores e empregados. “Esse é um cenário prejudicial ao indivíduo e à empresa, que acaba tendo resultados piores do que se promovesse um espaço onde as pessoas podem ser felizes”.
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E a conta bate. Trabalhadores felizes são 13% mais produtivos, de acordo com a Universidade de Oxford. Os pesquisadores envolvidos no estudo descobriram que os funcionários felizes não trabalham mais horas do que seus colegas descontentes – eles são simplesmente mais produtivos dentro de seu tempo de trabalho.
Outros estudos da também universidade americana de Michigan apontam que quando se entende como seu trabalho impacta outras pessoas, ficamos mais felizes. “Todo trabalho é uma plataforma para melhorar a vida de alguém. Quando se é vendedor, por exemplo, seu trabalho é capaz de ajudar outras pessoas a tomarem decisões melhores, como economizar em uma compra. Isso mostra como todo trabalho tem um propósito, cabendo a nós enxergá-lo”, explica Gaziri.
Embora não exista uma fórmula exata para a felicidade, alguns hábitos comprovados pela ciência podem ser cultivados. Confira cinco práticas que podem te tornar uma pessoa mais feliz na vida e no trabalho, segundo Luiz Gaziri:
O dinheiro é um dos meios que pode tornar as pessoas mais felizes. Mas não ao que diz respeito a investimentos para si. Segundo Gaziri, estudos de Harvard comprovam que poder gastar dinheiro com outras pessoas nos traz o sentimento de realização e felicidade exponencialmente maior do que quando fazemos para nós mesmos. Neste mesmo raciocínio, agora de acordo com a Universidade de Cornell, conseguir proporcionar experiências, como ir ao cinema, a shows ou fazer viagens, também é uma forma de promover a felicidade. “Nos lembramos de uma viagem feita há dez anos, mas não de uma camisa comprada nesse mesmo tempo”, diz.
Um hábito simples e que pode despertar o sentimento de felicidade imediata. Estudos da Universidade de Stanford e Miami mostram que a gratidão pode ser exercitada todas as noites com a prática de escrever, em um caderno ou celular, cinco acontecimentos do dia pelos quais você é grato. Segundo essas pesquisas, a felicidade aumenta de forma significativa com o passar das semanas. “Quando a gratidão é expressada às pessoas que nos ajudaram durante a nossa vida, ficamos mais felizes ainda demonstrando o reconhecimento pessoalmente”, conta ele.
Ajudar as pessoas ao nosso redor nos faz mais felizes do que quando somos ajudados. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia feita com um grupo de funcionários de uma empresa os estimulava a ajudar outros colegas. Durante as observações, os pesquisadores notaram que a colaboração no ambiente de trabalho aumentou 278%. “Quando vemos pessoas ajudando as outras, a tendência é copiar esse comportamento. No fim das contas, quem ajuda fica mais feliz do quem é ajudado”.
A ciência comprova que o reconhecimento traz felicidade. Um experimento da Universidade de Cornell relaciona o ato de reconhecer e elogiar pessoas com a felicidade. Os dados obtidos a partir da pesquisa revelam que os alunos submetidos ao teste ficaram felizes ao exaltar determinadas características ou ações de outras pessoas e as pessoas elogiadas também. Ou seja, o reconhecimento funciona para ambos os lados. No entanto, esse não é um hábito cultivado. As pessoas não costumam elogiar ou reconhecer umas às outras pelo medo de estranheza que isso pode ser gerado em que vai receber o elogio. Pura bobagem. “Se o ser humano agir de acordo com a sua intuição, ele não vai conquistar a felicidade. É por isso que a ciência está aí para nos ajudar a dar tacadas certas”.
Muitos estudos demonstram que as pessoas ficam felizes quando interagem com qualidade umas com as outras. Elas, entretanto, acreditam que podem ser mais felizes assistindo a um filme, por exemplo, do que se relacionando. De novo, a intuição trai a nossa felicidade. Quanto mais interação positiva nós temos no nosso dia a dia, mais felizes ficamos e mais felizes deixamos as pessoas ao nosso redor. Toda atividade que aumenta a nossa felicidade envolve outra pessoa, vide os exemplos acima. “Observem que o inimigo das interações hoje em dia é o celular e perceba quantos caminhos inversos à felicidade nós tomamos no nosso dia a dia sem nem perceber”.
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