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Os 5 erros de português mais cometidos em concursos públicos

Professora de português especializada em concursos listou os equívocos mais frequentes em provas. Veja dicas para passar longe deles


	Concurseiro: pressupor que já sabe português e ter pressa na hora de ler atrapalham na prova
 (Getty Images)

Concurseiro: pressupor que já sabe português e ter pressa na hora de ler atrapalham na prova (Getty Images)

Claudia Gasparini

Claudia Gasparini

Publicado em 31 de outubro de 2014 às 08h56.

São Paulo - Dominar gramática, interpretação de textos e redação é fundamental para se garantir em qualquer concurso público.

Por isso, a prova de português não deve ser subestimada por quem acha que já domina a língua, segundo Pollyana Dieine, especialista em concursos e professora do Universo do Concurso. “É um estudo que demanda tempo, atenção e disposição”, alerta.

Além de pressupor que já conhece a matéria, o concurseiro pode pecar pela pressa, de acordo com Verônica Ferreira, professora de Língua Portuguesa do site Questões de Concursos. “É comum que o candidato leia os textos apenas uma vez, e parta para a resposta achando que já entendeu tudo”, afirma.

Veja a seguir alguns dos problemas mais enfrentados por concurseiros em provas de português, segundo a professora Verônica, e como impedir que eles comprometam o seu sucesso:

1) Interpretação de enunciados e textos
“O candidato muitas vezes tem o péssimo hábito de não ler o texto, ou de só achar que leu”, afirma. Segundo Verônica, muita gente não tem paciência para absorver os textos, ou fica tão preocupado com o tempo que perde a concentração na leitura.

Dica da professora: No caso de um enunciado, marque os verbos de comando - aqueles que distinguem a ação esperada do candidato, tais como “justifique”, “indique”, “comente”. Também vale reler com calma o que está proposto para garantir que você compreendeu bem. O mesmo vale para textos que você precisa analisar.

2) Uso da crase
Tema que confunde muita gente, a fusão do artigo feminino “a” com a preposição “a” tem regras específicas de emprego.

Dica da professora: Você está seguro de que não tem dúvidas sobre o uso da crase? Verônica aconselha uma revisão sobre o tema, com atenção especial para os casos optativos, isto é, aqueles em que a crase pode ou não ser usada.

3) Ortografia
Dependendo da banca, deslizes de ortografia podem eliminar um candidato. “É um erro clássico, que revela um candidato que não lê ou que não se preocupa com o que lê”, diz Verônica.

Dica da professora: Cultivar o hábito de ler jornais, revistas, livros e sites ajuda a diminuir os erros. Isso vale também para melhorar a redação.

4) Emprego de pronomes
Tema recorrente em provas, questões sobre pronomes frequentemente aparecem como “pegadinhas”. O concurseiro precisa tomar cuidado para não confundir as regras sobre colocação de pronomes oblíquos átonos, como “me”, “te”, “se”, “lhe”, “o” e “a”.

Dica da professora: Na língua falada, frequentemente ouvimos e falamos frases como “Me entregaram uma carta” ou “Você viu ela?”, que são incorretas segundo a norma culta. Para não se confundir na hora de escrever, é bom voltar aos livros e estudar com atenção as diferenças no uso de cada pronome.

5) Onde x aonde
Mais uma vez, a influência do português falado pode atrapalhar o concurseiro. Apesar de muita gente empregar “onde” e “aonde” indistintamente na língua oral, o mesmo não vale para a escrita, o que gera muitos erros em provas.

Dica da professora: “Onde” é empregado para ideia de algo fixo, que não tem movimento, como em “Onde você mora?”. Já “aonde” acompanha verbos que dão ideia de movimento, de mudança, como em “Aonde você foi?”. Para não fazer feio, o concurseiro precisa gravar essa distinção básica, segundo Verônica.

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