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Oferta de emprego em bancos cresce, mas salários diminuem

Foram 24.032 novas ocupações no setor, mas remuneração ficou, em média, 37,6% mais baixa

Agência do BB: expansão no setor representa 1,12% do total de postos criados no país (Lia Lubambo/EXAME)

Agência do BB: expansão no setor representa 1,12% do total de postos criados no país (Lia Lubambo/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2011 às 15h09.

São Paulo - O nível de emprego nos bancos de todo o país cresceu 5,19% no ano passado, com um saldo de 24.032 novas ocupações, o que mostra uma recuperação sobre 2009, ano em que o setor fechou 621 postos de trabalho. Entre janeiro e dezembro de 2010, ocorreram 57.450 contratações e 33.418 trabalhadores foram desligados.

Esses novos admitidos, no entanto, estão recebendo salários 37,60% inferiores à média do que era pago a aqueles que deixaram o emprego, segundo mostra a 8ª edição da Pesquisa de Emprego Bancário feita pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A remuneração média dos desligados era de R$ 3.506,88 e dos novos contratados, R$ 2.188,43.

Por meio de nota, a Contraf observa que a expansão dos empregos representa apenas 1,12% do total de postos criados no país, em 2010, período em que o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas geradas cresceu 7,5%. Segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o resultado econômico do setor financeiro como um todo correspondeu a 7% do PIB.

Para o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, existe uma manobra que deteriora a renda do trabalhador e permite aos bancos aumentar os lucros. “A rotatividade continua alta no sistema financeiro, mecanismo que os bancos usam para reduzir a média salarial dos bancários. Essa é uma prática perversa do setor, em que somente as seis maiores empresas tiveram lucro líquido de mais de R$ 43 milhões no ano passado.”

A maioria dos contratos rompidos, no entanto, refere-se a processos em que o funcionário pediu para sair da empresa, caso de 16.400 ações, o que representa 49,08% do total (33.418). O número de demitidos sem justa causa somou 14.056 ( 42,06%) e com justa causa, 992 (2,97%). Além disso, 848 postos (0,68%) foram fechados por término de contratos temporários. As saídas por aposentadorias chegaram a 596 (1,78%) e as baixas motivadas por morte do empregado totalizaram 228 (0,68%).

A Região Sudeste foi a que mais admitiu trabalhadores na área, com a abertura de 39.195 vagas, ou 68,22% do total de postos criados no país, e um saldo positivo de 16.065 empregos. Em seguida vem a Região Sul, com 7.452 ocupações (12,97%) e um saldo positivo de 3.097 vagas. Já a Região Norte foi a que apresentou a menor quantidade de contratos 1.869 (3,25%) com saldo positivo de 981 postos.

A pesquisa aponta ainda que o número de bancários, em 2009, somava 462.164, com base em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

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