Redação Exame
Publicado em 2 de janeiro de 2025 às 09h00.
Empresas têm adotado abordagens inusitadas em recrutamentos a fim de diversificar e tornar o processo seletivo mais leve. No entanto, alguns limites não devem ser ultrapassados. Embora não seja tão comum, há candidatos que contam terem sido perguntados sobre seu signo ou mapa astral durante processo seletivo para preenchimento de vaga.
De um lado, os mais místicos podem até considerar que a prática indique traços de personalidade úteis para o trabalho. Mas, de outro, especialistas alertam que a pergunta pode ser considerada discriminatória e sinalizam para a ausência de embasamento científico.
"A prática de questionar o signo é questionável e até polêmica. Entendo que as intenções dos avaliadores ao perguntar sobre signos sejam extrair traços de personalidade do candidato. Mas há outras ferramentas que verificam traços de personalidade e impactos no ambiente profissional de maneira muito mais assertiva, como testes comportamentais ou perguntas situacionais. São muito mais eficazes e profissionalmente aceitas", diz a diretora de RH da Foundever, Adriana Wells.
Bruno Carlos de Souza, CEO da consultoria de gestão empresarial SOUZAMAAS, concorda com Adriana, e afirma que é preciso entender o que está por trás de perguntas como estas. "Alguns recrutadores acreditam que aspectos como signos podem indicar traços de personalidade ou prever compatibilidade com a equipe. Contudo, essa abordagem é subjetiva e pouco confiável".
Mas, e se você for perguntado sobre o seu signo durante uma entrevista de emprego? Para Bruno, em vez de se incomodar com as perguntas feitas nas entrevistas, o candidato deve usar essas oportunidades a seu favor. "Leia o contexto, entenda o que o recrutador busca e veja se aquela vaga realmente faz sentido para você. Afinal, às vezes, perguntas 'estranhas' podem ser pistas valiosas para decidir se aquele é o emprego ideal… ou se é melhor cair fora!".