Maria Silvia Bastos, presidente do BNDES: no trabalho, nunca diga a ela que uma tarefa é impossível (Divulgação/Fundação Estudar)
Camila Pati
Publicado em 2 de agosto de 2016 às 09h37.
Última atualização em 26 de maio de 2017 às 17h07.
São Paulo – “Não sabendo que era impossível foi lá e fez”. A frase atribuída ao poeta romancista e cineasta Jean Cocteau é uma das preferidas da atual presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos. “O que me move é a impossibilidade de fazer”, disse ontem durante painel na reunião anual da Fundação Estudar, em São Paulo.
Portanto, basta dizer que uma coisa é impossível para instigá-la a demonstrar o contrário. Sua equipe na assessoria especial da Olimpíada na Prefeitura do Rio de Janeiro – cargo que ocupou antes de assumir o BNDES - arrepiava-se quando algum desavisado soltava a expressão: isso é impossível. “As pessoas que já me conheciam diziam: 'você acabou de falar a palavra proibida para ela'”, contou.
O que, na verdade, pode parecer impossível para Maria Silvia é não errar. “Já cometi muitos erros. Quando alguém me diz, em uma entrevista de emprego, que nunca cometeu erros na vida profissional, eu nunca contrato. Prefiro deixar que ele vá cometer então erros em outro lugar primeiro e depois eu contrato ele, porque é fato que ele vai errar”, disse.
Como líder, ela diz que é preciso também ser solidária com erros na equipe. “Não é também para sair fazendo maluquice, o que não acontece quando você tem planejamento e trabalha em time”, disse. Componente importante para atingir os resultados esperados, de acordo com ela, é contar com uma equipe diversa. “Monto times com uma pessoa ousada, uma conservadora, outra com perfil de controle, uma mais pé no chão, e outra que voa muito, por exemplo”, disse.