Carreira

O que Jout Jout pode ensinar sobre carreira para a geração Y

Dona de um canal do Youtube com 1 milhão de inscritos, Julia Tolezano diz o que pensa sobre sucesso, metas de carreira e felicidade profissional. Assista

 (YouTube/Na Prática/Reprodução)

(YouTube/Na Prática/Reprodução)

Claudia Gasparini

Claudia Gasparini

Publicado em 31 de outubro de 2016 às 12h00.

Última atualização em 31 de outubro de 2016 às 12h01.

‘Ninguém está imune’, ‘Faz parte…’, ‘Não tira o batom vermelho’… Foi em meio a vídeos com títulos curiosos (e cheios de tiração de sarro) que milhares de brasileiros conheceram, no começo do ano passado, a jornalista Julia Tolezano, 25 anos, e seu canal de vídeos Jout Jout Prazer. Hoje, Jout Jout já virou uma espécie de nome artístico de Julia e ela tonou-se uma das representantes de uma geração de brasileiros que tem feito (bastante) sucesso no YouTube.

Nos seus vídeos, ela faz careta, dança, canta e fala palavrão. E com isso impacta milhões de pessoas, falando de assuntos sérios e necessários que têm muito apelo com o público jovem. Autoaceitação, liderança feminina, insegurança, confusão e decisão profissional são alguns dos assuntos recorrentes.

O sotaque carioca é forte, embora hoje ela se divida entre Rio e São Paulo por conta das parcerias comerciais do canal e do recém-lançado livro "Tá Todo Mundo Mal". Em temporada na capital paulista, a youtuber visitou o escritório da Fundação Estudar e falo com o Na Prática. Veja a seguir os melhores trechos dessa conversa:

A Julia antes do canal

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Movida a metas, Julia sempre precisou delas para estipular objetivos a médio e longo prazo como forma (ou seria tentativa?) de organizar a vida. Antes de sentar na frente de uma câmera e gravar seu primeiro vídeo, ela vivia um momento que todo jovem conhece bem: a fase ‘O que eu faço na vida?’. Nessa época, veio a meta de passar na faculdade, e depois conseguir um emprego em editora. Quando perdia uma de suas metas, vinha o desespero. “Durante quatro ou cinco anos você é uma estudante, aí de repente acaba a faculdade e você é uma pessoa DE-SEM-PRE-GA-DA. Do nada. É horrível isso.”

“Apostei na ousadia”

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Depois de algumas experiências profissionais frustradas, o raciocínio que levou Julia a tornar-se a JoutJout no Youtube foi tanto simples quanto ousado: fazer vídeos proporcionava muito mais satisfação que qualquer outra coisa. Valeu a aposta, em um mês o canal já estava gerando receita.

Propósito e felicidade profissional

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Embora atualmente some 1 milhão de inscritos – a autodeclarada família Jout Jout – e vídeos com mais de 3 milhões de visualizações, o canal JoutJout Prazer surgiu como um projeto de desenvolvimento pessoal. Na época, Julia imaginou que seria uma boa ideia para perder o medo de críticas. “Eu deixava de fazer as coisas para não ter nem a possibilidade das pessoas não gostarem”, ela conta.

Mas o que era, segundo a própria Julia, “super egocêntrico”, durou pouco tempo. Já com os primeiros comentários – mulheres que passavam a aceitar o próprio corpo, entender relacionamentos abusivos, etc… – a youtuber se deu conta do potencial de impacto do que tinha nas mãos. “O propósito virou outro”.

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Hoje, tocando o canal de forma profissional – ela se dedica full time aos vídeos e parcerias comerciais do projeto – ela tem clareza de que chegou a uma espécie de objetivo tácito da Geração Y: provoca mudanças positivas trabalhando com o que gosta e ganhando dinheiro no processo. Mas também enxerga essa utopia de forma crítica: “Você pode mudar o mundo sem trabalhar em uma ONG”. Sua próxima meta, agora, é em termos de escalabilidade; o sonho grande de JoutJout é superar a dificuldade que a falta de acesso a internet representa hoje, nos rincões do país, e levar seu conteúdo a cada vez mais gente.

A seguir, veja mais trechos da nossa conversa com a youtuber JoutJout:

Qual foi sua maior dificuldade e como a superou?

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Qual a importância da autoaceitação para você?

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Quais foram seus maiores aprendizados no canal?

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Como você encontrou o seu estilo próprio?

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Quais os desafios de ser uma youtuber mulher?

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Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar

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