Bezos e Gates: o que os bilionários fazem logo que acordam? (Divulgação/Reg Rubenstein/flickr/Exame)
Tamires Vitorio
Publicado em 4 de julho de 2020 às 09h10.
Última atualização em 5 de julho de 2020 às 20h18.
O que os bilionários Bill Gates, da Microsoft, e Jeff Bezos, da Amazon, fazem para ter uma manhã mais produtiva? A resposta é a seguinte: eles seguem a lei das primeiras coisas. Se você não sabe direito como funciona, a EXAME explica.
A lei consiste na ideia de que a primeira tarefa que você faz logo de manhã é capaz de influenciar na sua produtividade pelo resto do dia --- além de abrir os olhos, lavar o rosto e escovar os dentes, é claro. Mas fique tranquilo porque essa primeira não precisa ter relação com o seu trabalho.
Bill Gates, por exemplo, afirma que começa o dia correndo na esteira e assistindo vídeos educacionais. O CEO do Twitter, Jack Dorsey, diz que medita por 30 minutos e depois faz exercícios físicos. Já Jeff Bezos prefere evitar qualquer reunião de trabalho antes das 10 horas da manhã, e faz "coisas em casa" antes.
Isso é bacana porque pode evitar que a primeira ação que você tenha logo de manhã seja pegar o celular, como acontece com quase todo mundo. Em apenas 10 minutos após abrir os olhos, muita gente já consumiu diversas notícias, e-mails, notificações e redes sociais e já está respondendo às forças exteriores, em vez de focar em si mesmos.
A rotina dos bilionários, aparentemente, inclui um tempo para si próprios durante a manhã --- e tem bons resultados na produtividade deles durante o dia. Então a lei das primeiras coisas (que não é física e não tem nada a ver com Newton) pode significar que passar um tempo fazendo algo que não tenha relação com o serviço logo ao acordar pode melhorar o seu humor e o seu ritmo de trabalho. O que pode ser ainda uma ajudinha extra em tempos de home office por conta do novo coronavírus.
Um artigo da Harvard Business Review, por exemplo, mostrou que seguir seus hobbies e dar atenção as suas paixões fora do ambiente de trabalho podem ser atitudes capazes de melhorar o seu desempenho a longo prazo. É claro que amar o que se faz é um ponto positivo e pode até aumentar a sua produtividade, segundo estudos, mas amar apenas o seu serviço pode ser extremamente prejudicial.
Uma pesquisa mostra que enxergar todo o seu valor como pessoa em seu emprego te faz menos resiliente para lidar com situações ruins, como demissões ou feedbacks negativos. Mas o principal não é isso: o lado negativo de se amar demais o que faz é que se torna ainda mais difícil desligar após o fim do expediente. E isso não é ideal (ou saudável) para a sua saúde mental.
Você não precisa correr como Gates, meditar como Dorsey ou evitar reuniões que muitas vezes são inevitáveis (e se tornaram ainda mais com as configurações que estamos vivendo atualmente). Apenas tire alguns momentos do seu dia, assim que você acordar, para fazer algo que goste --- leia um livro, jogue videogame, faça carinho no seu animal de estimação... as possibilidades são infinitas. Só não acorde e vá trabalhar.