Carreira

O que estudar na reta final para o concurso do Rio Branco

Especialistas dão dicas aos candidatos à carreira de diplomata para se preparar para as provas

Para ser um dos 26 novos diplomatas, é importante ter bons conhecimentos em Português (Wikimedia Commons/Reprodução)

Para ser um dos 26 novos diplomatas, é importante ter bons conhecimentos em Português (Wikimedia Commons/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2011 às 10h16.

São Paulo - Os candidatos à carreira de diplomata têm pouco mais de uma semana para se preparar para a primeira fase do concurso de admissão do Instituto Rio Branco, marcada para 10 de abril. Serão 26 selecionados com salário inicial de 12.962,12 reais.

Antes de se desesperar com a proximidade das provas ou deixar passar assuntos importantes para a avaliação, veja 6 dicas de especialistas para a reta final na preparação.

1. Reler o manual do candidato

Tanto quem se preparou por meses, quanto quem vai fazer a avaliação confiando no estudo de última hora precisa checar todos os tópicos a serem abordados nas provas. “É importante não ir para a prova sem vencer todos os ítens contidos no edital”, diz José Wilson Granjeiro, diretor da Gran Cursos.

As informações presentes no site da Cespe, organizadora do concurso, indicam os critérios de seleção e detalhes da aplicação das provas. “O mais importante é conhecer o modelo da prova e estar preparado para não ter surpresas no dia da avaliação”, alerta Tanguy Baghdadi, professor de Política Internacional do Curso Clio.

2. Simular a realização da prova

Para não deixar a ansiedade tomar conta, os professores aconselham que os candidatos simulem o dia da prova, cronometrando o horário preciso para a realização. “A simulação evita surpresas para quem está acostumado a estudar sem a pressão do horário”, explica Granjeiro.

Quem vai prestar o concurso pela primeira vez precisa dar uma olhada nas provas antigas, para saber qual o formato e de que forma deve responder melhor as questões. “A banca avaliadora espera que o candidato demonstre que sabe se portar como um diplomata desde o momento em que responde a prova”, alerta Baghdadi.

Cada candidato deve determinar a estratégia mais adequada para responder a prova de acordo com o seu perfil.

“Algumas pessoas preferem não arriscar e deixar as questões que não sabe em branco, para não perder pontos em caso de erro. Outras já sabem como responder de maneira que não perca pontos. A estratégia só poderá ser definida se o candidato praticar antes com provas antigas”, diz Baghdadi.

3. Revisar as anotações 

Se o candidato já está se preparando há algum tempo, ele deve continuar a rotina de estudos em cima de textos selecionados e anotações sobre os assuntos mais importantes. “A hora agora é de fazer uma revisão geral com base no que já foi registrado durante a preparação, em vez de se aprofundar no conteúdo”, sugere Granjeiro.


Uma outra sugestão é estudar os assuntos que não domina o bastante. “Focar na disciplina de maior lacuna de conhecimento evita o nervosismo no momento da avaliação”, diz Cláudia Galaderna, coordenadora da Escola Superior Diplomática.

4. Estudar Português

Dedicar-se ao estudo de Português e Inglês também pode auxiliar na reta final da preparação. “Nos últimos anos, as provas mostram que o Português é a matéria que mais decide. A prova da língua portuguesa é rigorosa e o desempenho positivo também é obrigatório nas próximas fases", aponta Baghdadi.

O conhecimento de outros idiomas é importante e pode ser um diferencial, mas ter um bom desempenho em inglês também é obrigatório para um candidato a diplomata, diz o professor.

5. Estar por dentro das atualidades

Quem não tem prestado muita atenção no noticiário vai precisar usar a semana para ficar por dentro dos temas atuais. “O candidato precisa saber o que está acontecendo nos últimos meses nos países árabes e no Japão, por exemplo, sempre com foco no posicionamento oficial do Brasil a respeito das questões”, explica Baghdadi.

Segundo Galaderna, além dos conflitos e desastres naturais, os candidatos precisam saber como anda a política externa brasileira em relação a temas tradicionais presentes nas últimas provas, como integração regional, Nações Unidas e Estados Unidos.

O aspirante a diplomata precisa manter a curiosidade intelectual nos dias que antecedem a prova, de acordo com Granjeiro. “Ainda há tempo para aprender e se atualizar sobre os tópicos necessários”, reforça.

6. Fazer o checklist

Listar o que é necessário para antes da prova evita desgaste desnecessário com horas a mais de estudo ou com o problemas no momento da avaliação. “É importante que o candidato não invente nada novo para as vésperas da prova, seja fazendo algo que o faça perder o horário do concurso ou perdendo a noite estudando”, aconselha Granjeiro.

Estar preparado significa ficar a par dos assuntos cobrados no concurso, mas também estar emocionalmente apto para realizar a prova. “Para evitar o branco e amenizar a ansiedade, é importante pensar positivo e saber que se preparou o melhor possível para a avaliação”, indica Granjeiro.
 

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