Carreira

O que buscam os jovens que vão entrar no mercado de trabalho pós-pandemia

Apesar da pouca experiência, a afinidade da geração com a tecnologia pode ser um diferencial para a entrada no mercado de trabalho

Jovens: profissionais que responderam a pesquisa afirmam que a exigência de experiência anterior é um dos pontos que atrapalham a entrada dos profissionais no mercado (Jeffrey Greenberg/Getty Images)

Jovens: profissionais que responderam a pesquisa afirmam que a exigência de experiência anterior é um dos pontos que atrapalham a entrada dos profissionais no mercado (Jeffrey Greenberg/Getty Images)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 8 de dezembro de 2020 às 12h43.

Última atualização em 8 de dezembro de 2020 às 14h15.

Um em cada três jovens de 18 a 24 anos não tem emprego no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Essa taxa de 31,4% de desocupação entre o grupo é mais que o dobro da média nacional, que chegou a 14,6% da população no terceiro trimestre de 2020, devido à crise econômica causada pela pandemia. 

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Apesar da pouca experiência, a afinidade da geração com a tecnologia pode ser um diferencial para a entrada no mercado de trabalho. Durante a pandemia, apesar do desemprego em alta, o número de vagas em tecnologia disparou no país. 

Além disso, a capacidade de adaptação e a flexibilidade, habilidades tidas como soft skills, são vantagens competitivas das gerações mais novas. Mas o que buscam esses profissionais na hora de se candidatar a uma vaga? Como as empresas podem se preparar para atrair esse público no pós-pandemia? Uma pesquisa desenvolvida pela empresa Adecco mostra que o principal impressão dos profissionais entre 18 e 24 anos sobre como as empresas contratam é de que haja mais flexibilidade no que se refere às experiências deles.

Os profissionais que responderam a pesquisa afirmam que a exigência de experiência anterior é um dos pontos que atrapalham a entrada dos profissionais no mercado.

Dicas sobre entrevistas de emprego e dinâmicas de grupo são o ponto que a maioria dos jovens destacou como algo que precisam de orientação. Para 59% deles, ela é essencial. Ems seguida, está a orientação sobre a elaboração do currículo (44%) e sobre a área de interesse (40%).

Na pesquisa realizada pela Adecco, um dado que chamou a atenção refere-se a forma com que os jovens buscam por vagas de emprego. 27% dos jovens alegam que não realizam busca de vagas em nenhuma fonte mencionada, como sites de emprego, sites de empresas, networking e redes sociais. Dentre eles, 91% não teve a sua primeira experiência de trabalho. 

A pesquisa também destaca que as gerações mais novas tendem a ser mais intáveis e ansiosas, o que traz um desafio para as empresas.

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