Tatiana Pimenta, Fundadora e CEO da Vittude (Vittude/Divulgação)
Luísa Granato
Publicado em 24 de outubro de 2020 às 08h00.
“Muitas pessoas me perguntam se sou psicóloga e quando eu falo que sou engenheira civil de formação, boa parte das pessoas toma um susto”, conta Tatiana Pimenta sobre o começo da sua jornada até fundar a Vittude. A empresária foi convidada do novo episódio do podcast Como Cheguei Aqui.
A vida está mais complexa, a rotina mais intensa, mas a EXAME Academy pode ajudar a manter a mente em foco. O negócio de psicologia online registrou um aumento de 800% em número de vidas cobertas desde março.
A startup foi fundada em 2016. Um ano antes, a engenheira teve uma desagradável notícia no seu aniversário: ela foi demitida. E não foi a pior que receberia: “No mesmo período que sai da empresa, e que fiquei desempregada, meu pai teve câncer”, conta ela.
A demissão virou uma oportunidade para cuidar do pai. E, quando ele se recuperou, Tatiana percebeu que já não era a mesma: “Fiquei com uma sensação de que, primeiro, não queria voltar para a construção civil, segundo que eu queria saber um pouco mais sobre a área de saúde e, principalmente, bateu aquela vontade de empreender”.
Ela se dedicou, então, a pesquisa de mercado e aprendizados na área. Na época, a telemedicina ainda parecia uma tendência longínqua. A psicologia online apareceu como uma oportunidade e a solução para um problema que observou no passado.
“Acabou sendo uma coincidência, ou correlação de pontos da vida. Eu tive depressão no passado, em 2012, e foi extremamente complicado achar um psicólogo. Passei por três experiências frustrantes usando o guia do plano de saúde".
Deixar mais fácil o acesso para quem precisa de ajuda psicológica e ampliar o atendimento para lugares distantes no Brasil. Essa é a grande missão da startup.
O que mais ela aprendeu nessa mudança de carreira? Por que é importante falar de saúde mental nas empresas? Confira mais no episódio completo do podcast:
Você já ficou doente por causa de estresse de trabalho? Segundo o professor o médico, PhD e professor internacional da Fundação Dom Cabral, Roberto Aylmer, a pressão em janeiro já era alta e a pandemia foi mais um empurrão para desorganizar a capacidade mental dos profissionais de lidar com a tensão.
“Esse ano era apontado como um ano de recuperação. Estávamos preparados para uma corrida de 100 metros rasos. Com a pandemia, todas as expectativas foram desorganizadas”, comenta ele no episódio “Estresse sem fim?” do podcast Entre Trampos e Barrancos.
O aumento da instabilidade a partir de março se agrava com o prolongamento da emergência de saúde. “Nosso cérebro não aguenta tanto tempo tocando o alarme”, diz ele.
No começo do ano, Aylmer relata que muitos trabalhadores já tinham sintomas do estresse, como distúrbios de sono, alteração de humor, perda ou ganho de peso. O que pode começar com um incômodo mais simples, como uma dor de cabeça persistente, pode culminar na Síndrome de Burnout, o esgotamento no trabalho.
Confira o episódio completo do podcast aqui.