Carreira

A era dos presidentes de empresa criativos já começou

As grandes empresas querem pensar como startups e procuram líderes capazes de inovar

O presidente criativo (Carlinhos Muller / VOCÊ S/A)

O presidente criativo (Carlinhos Muller / VOCÊ S/A)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2014 às 18h50.

São Paulo - Procure por perfis de presidentes e vários tipos aparecerão: o pragmático focado nos números, o estrategista visionário, o rea­lizador mão na massa, e por aí vai. A marca britânica de luxo Burberry escolheu o criativo.

Estilista de carreira, Christopher Bailey, que assumiu o cargo no fim de abril, transformou a Burberry, que era uma grife envelhecida, numa líder no ambiente digital, à frente de Unilever e KLM no Social Media Index Britânico.

Bem-vindos à era do CEO inovador e criativo, que traz o lucro por meio da inovação. O mundo dos negócios e a academia se esforçam para criar um novo nome para essa onda. Uns chamam de capitalismo do propósito; outros, de capitalismo compartilhado ou capitalismo criativo. A lista é longa.

O nome não importa, e sim o movimento. Disney Accelerator, GE Garages, Coca-Cola Startup ­Weekend, Cisco Entrepreneurs são iniciativas de empresas globais que se voltam para a inovação global feita nas garagens e com pitadas de um capitalismo consciente.

Sai a economia do petróleo e entra a energia limpa. A Nissan invade as praças globais com a exposição sobre o futuro das bombas de gasolina. Afinal, quando não existirem mais carros movidos a gasolina, o que faremos com elas?

No Salão do Automóvel de Nova York de 2014, a Land Rover e a Virgin Galactic lançaram o SpaceShipTwo, um veículo para turismo estelar, e o “Airbus do futuro”, previsto para 2019. Trata-se de um avião que usará o calor dos passageiros como combustível e terá teto panorâmico para que eles enxerguem as estrelas.

Pegue as três maiores montadoras americanas de carros — Chrysler, GM e Ford. Em 1990, elas valiam 36 bilhões de dólares e empregavam 1,2 milhão de pessoas. Hoje, as três mais conhecidas do Vale do Silício — Google, Apple e Facebook — produzem dez vezes menos empregos e valem 22 vezes mais.

Um problema para os trabalhadores? Talvez não. Os empregos chatos de apertar parafusos são substituídos por empregos em rede que exigem habilidades emocionais e intelectuais e geram mais riqueza para investir nas garages globais.

Essa nova economia tem como base a ciência hacker com o mantra da universidade colaborativa Minerva Project: “Em rede, a inteligência pode ser dramaticamente ampliada”. Procura-se e paga-se bem por CEOs inovadores, que trabalhem colaborativamente, e garagens de inovação, que criem um capitalismo consciente.

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