Carreira

O plano do iFood para formar 25 mil profissionais e impactar mais de 10 milhões de pessoas

Até o momento, a empresa já investiu R$ 2 milhões nas ações iniciais do compromisso social anunciado nesta sexta-feira

 (iFood/Divulgação)

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Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 26 de fevereiro de 2021 às 10h02.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2021 às 10h03.

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Nesta sexta-feira, 25, o iFood divulga seu plano de compromisso social para impactar mais de 10 milhões de pessoas com oportunidades de educação, formação e capacitação nos próximos cinco anos.

“A pandemia nos mostrou, do dia para noite, que somos um serviço essencial e parte de um ecossistema com a sociedade, entregadores e os restaurantes. Foi caindo a ficha que a gente precisava ir além. E a empresa precisou amadurecer de forma muito rápida”, conta Gustavo Vitti, vice-presidente de Pessoas e Soluções Sustentáveis do iFood.

O plano da empresa é focar em parcerias que auxiliem pessoas em comunidades mais vulneráveis, alunos e professores de escola pública e entregadores e seus familiares a entrarem no mercado de trabalho da nova economia digital.

“A primeira coisa que fizemos vou conversar muito com ativistas, ONGs, entregadores e restaurantes para saber como direcionar nossos esforços. Uma coisa que a gente escutava é que somos bons em inovação e tecnologia. A segunda coisa que vimos é que, se queremos um Brasil mais próspero, o caminho que a gente precisava trilhar passava pela educação”, explica ele.

Assim, foram formados os três pilares. Na primeira frente, a meta será a formação de 25 mil novos profissionais de tecnologia para atacar a falta de mão de obra no setor. As profissões em TI têm um alto potencial de empregabilidade, com uma projeção de déficit que pode chegar a 260 mil até 2024.

Nos últimos seis meses, o iFood já começou a colocar em prática programas com instituições parcerias, como a Resilia, com cursos de ciência de dados para pessoas de baixa renda, e o Reprograma, um curso gratuito de programação para mulheres cis e trans.

A segunda frente será a capacitação de 5 milhões de pessoas. A ideia é oferecer trilhas de competências necessárias para embarcar no futuro do trabalho. “Vamos preparar as pessoas com introduções ao digital, como abrir negócios, em vendas e sustentabilidade. Queremos dar a capacitação para donos de restaurante e entregadores, por exemplo, com foco no aumento de renda e inclusão”, explica Vitti.

A foodtech já fechou parceria com o instituto PROA, que ajuda jovens da rede pública de ensino a desenvolver projetos de vida e iniciar sua carreira profissional. Em 2021, eles esperam oferecer formação a 7 mil jovens – e chegar a 400 mil em cinco anos.

Se a ideia é escalar a solução, o executivo dá como exemplo os cursos oferecidos em parceria com o SESI: um aviso no aplicativo já rendeu mais de 42 mil inscritos nos cursos que vão desde segurança no trânsito a habilidades comportamentais pro mercado.

No pilar de educação, Vitti explica que a ideia é ir além do ecossistema. Eles querem fomentar a inclusão tecnológica nas escolas públicas por meio da capacitação de professores e professoras. Junto com a Fundação 1 Bi, do Grupo Movile, eles estão oferecendo conteúdo completo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para cerca de 200 mil alunos e educadores pelo WhatsApp.

A ferramenta, chamada Aprendizap, vai receber novas trilhas de conhecimento com preparação para o Enem e ensino de novas tecnologias, por exemplo.

Até o momento, a empresa já investiu R$ 2 milhões nas ações piloto com entidades parcerias. Nos próximos meses, será lançado um site para acompanhar o progresso e impacto gerado pelas iniciativas, e também para comunicar novas oportunidades.

“Em seis meses, testamos várias iniciativas. Vamos investir mais, mas esse não deve ser lido como indicador. Queremos o impacto e o investimento será o necessário para cumprir isso. Por isso vamos ter o site para prestar conta pra a sociedade”,

Para também garantir o impacto das ações, as formações oferecidas em tecnologia terão o currículo revisado pelos profissionais do iFood, de forma que os cursos caminhem junto com a demanda do mercado para temas como inteligência artificial, ciência de dados e linguagens de programação.

“A gente olha o currículo do curso e questiona: contrataria esse profissional? A resposta tem que ser sim, ou pedimos para corrigir. Também fizemos reuniões com as instituições para verificar o impacto que já tinham e ver seus indicadores. E também estamos no processo de contratar uma consultoria para fazer a gestão desse impacto”, fala o VP.

 

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