Carreira

Ô, COITADA...

Jucelito Wainer, 40 anos Consultor da área de informática

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h34.

O QUE ACONTECEU

"Dez anos atrás, participei de um processo de seleção para analista de sistemas de um banco e acabei ficando com a vaga. Iria começar a trabalhar em breve. Estava tudo acertado, inclusive o salário. Foi quando me mandaram bater um papo com meu futuro chefe. A conversa ia bem, até que ele comentou, com tristeza, que sua avó de 80 e tantos anos havia falecido dias antes. 'Ela foi atropelada por um caminhão que estava dando marcha à ré na estrada', ele disse. Na hora pensei em um desenho animado do tipo Papa-Léguas, em que tudo cai na cabeça do sujeito e ele sobrevive. Dei uma gargalhada sonora - e em frações de segundo, descobri que havia perdido o emprego. Na verdade, meu ex-futuro chefe agiu como se nada tivesse acontecido e continuou a entrevista. Mas, depois disso, ninguém da empresa nunca mais me ligou. Não os condeno. Sei que fui tremendamente indelicado. Aliás, até hoje sinto que devo desculpas pela gafe. Outro dia vi um filme em que um monge dizia a seus discípulos: 'Na vida, sempre espere o inesperado'. Eis a lição que tirei dessa história toda."

ONDE ERREI?

"É preciso saber lidar com o inesperado - não importa quão bizarra seja a situação. Wainer não soube. Aliás, demonstrou falta de autocontrole, de sensibilidade e de presença de espírito ao rir da história. O que deveria ter feito? Engolido o riso. Mas já que 'não deu', o certo seria desculpar-se após a gafe."
Célia Leão, consultora de etiqueta profissional

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