Shot of a businessman balancing on top of a graph against a white background (Getty Images/Divulgação)
Jornalista
Publicado em 9 de junho de 2022 às 10h16.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 15h13.
Quem ingressou no mercado de trabalho no início dos anos 1990 deve se lembrar de como os (poucos) profissionais que entendiam de tecnologia eram requisitados pelas empresas naquela época. Afinal, aqueles que dominavam as estratégias e ferramentas da recém-chegada internet, tinham um grande diferencial competitivo frente aos demais candidatos – e, consequentemente, mais facilidade para encontrar boas oportunidades no mercado. Mas, com o avanço acelerado da transformação digital, esse cenário mudou.
Hoje, entender de tecnologia já não é considerado um grande diferencial – e muito menos um passaporte garantido para cargos e salários altos. Mas uma nova habilidade tem ganhado destaque no meio corporativo e impulsionando a busca por profissionais capazes de implementar estratégias relacionadas a ela dentro das empresas: o ESG (sigla em inglês para Meio Ambiente, Social e Governança). Para se ter uma ideia, no momento em que esta matéria foi escrita, por exemplo, o Linkedin somava mais de 3639 anúncios de vagas no setor.
A sigla diz respeito às ações que uma empresa, organização ou governo tomam e que impactam diretamente o meio ambiente e a sociedade. Pautas como gestão de risco, transparência fiscal, segurança dos funcionários e redução dos impactos da cadeia de produção são alguns exemplos de questões que fazem parte da agenda ESG dentro das empresas.
Se você tem acesso a internet e acompanha as notícias, é bem provável que já tenha ouvido falar sobre ESG. Afinal, faz tempo que o termo deixou de circular apenas entre grandes executivos, investidores e governantes, para ganhar as redes sociais, aparecer nas manchetes dos principais jornais e pautar debates ao redor do mundo.
Como efeito do fortalecimento dessas discussões, o comportamento dos consumidores também mudou. Segundo uma pesquisa global do Institute of Business Value (IBV), que ouviu mais de 15 mil pessoas em nove países `(incluindo o Brasil), mais da metade (54%) das pessoas estaria disposta a pagar mais caro por produtos de empresas verdadeiramente sustentáveis – isto é, que estão comprometidas em minimizar o uso de recursos naturais em seus processos de produção e em diminuir os impactos do uso e do descarte de seus produtos.
Nesse cenário, o mercado ESG (que há menos de uma década ainda engatinhava), hoje já movimenta mais de 30 trilhões de dólares – e deve chegar a casa dos 53 trilhões de dólares em 2025, de acordo com um levantamento feito pela Bloomberg.
Assim, não demorou muito para que companhias dos mais variados portes e segmentos também entendessem a importância de dominar os critérios ESG para que se mantivessem competitivas. Começou, então, uma verdadeira disputa por profissionais que pudessem orientar as organizações nesse sentido
Entenda como se especializar e construir carreira em uma das áreas que mais cresce no mercado
Acontece que por se tratar de uma área relativamente nova, ainda não existem profissionais suficientemente qualificados para ocupar as centenas de vagas que abrem no setor diariamente.
“Esse movimento que está acontecendo agora é histórico. Foi mais ou menos o que aconteceu nos anos 1990 com a explosão da informática e da internet. Na época, a procura por profissionais especializados em informática era gigantesca, pois tudo era muito novo e poucos tinham conhecimento ou formação na área. Quem apostou neste caminho lá atrás, encontrou um mercado repleto de oportunidades e possibilidades. Agora, há uma nova tendência surgindo e, com ela, um novo tipo de profissional tem sido procurado”, afirmou Renata Faber, head de ESG da EXAME durante o primeiro episódio do treinamento Jornada do Executivo de Impacto.
O conteúdo faz parte de um treinamento virtual que está sendo disponibilizado de maneira totalmente gratuita pela EXAME desde a última segunda-feira, 6 de junho. Ele foi desenvolvido pela própria Renata Faber, que já acumula anos de experiência no setor e enxergou, na discrepância entre a demanda e a oferta de profissionais capazes de aplicar as práticas ESG no meio empresarial, uma oportunidade de ajudar e orientar aqueles que desejam mudar de carreira e ingressar no mercado ESG para alcançar cargos e salários mais altos.
Dentre os temas abordados ao longo do treinamento, estão a definição aprofundada do que é ESG, reflexões sobre como o tema impacta o mercado e a economia e, claro, os caminhos para começar a construir uma carreira na área. Para participar da Jornada do Executivo do Impacto gratuitamente, os interessados devem se inscrever diretamente no site oficial do projeto ou clicando no botão abaixo.