Movimento Elas Lideram engaja empresas por equidade de gênero na liderança (Compassionate Eye Foundation/Getty Images)
Victor Sena
Publicado em 10 de março de 2021 às 07h00.
O relatório do ano de 2020 da consultoria McKinsey sobre mulheres no ambiente de trabalho mostra que a igualdade de gênero tem melhorado nos cargos de liderança das empresas.
Apesar disso, o ritmo tem sido lento, segundo análise da consultoria que consta no relatório.
As altas mais pronunciadas foram na alta administração: entre janeiro de 2015 e janeiro de 2020, a representação de mulheres em cargos de vice-presidente sênior cresceu de 23 para 28%, e a representação na diretoria (o chamado C-level) cresceu de 17 para 21%.
Neste dia 8 de março, foi comemorado o Dia Internacional da Mulher e as diferenças entre homens e mulheres nas empresas voltaram à tona, apesar das conquistas serem reconhecidas.
Os dados são de 317 companhias nos Estados Unidos e Canadá.
Veja o gráfico abaixo
No Brasil, a consultoria Page Group mostra um aumento parecido. Segundo a Page Executive, especializada em recrutamento e seleção de executivos para alta direção, (o chamado “C-Level”), a representação tem melhorado.
Segundo a empresa, a maior participação das mulheres em assentos de posições estratégicas é reflexo também de um crescente aumento da participação feminina em processos seletivos.
Ainda de acordo com a Page Executive, a presença das mulheres em seus processos seletivos passou de 50% em 2019 para 70%, em 2020.
Para chegar a esses dados, a Page Executive entrevistou cerca de 2000 executivos no ano passado em seus processos de seleção, todos candidatos a cargos de direção, presidência e conselho.
Eles atuam em empresas de pequeno, médio e grande porte em todo o Brasil e de diversos setores.
A consultoria também procurou identificar quais segmentos em que há maior participação de mulheres. Foi detectado que os setores de Varejo, Farmacêutica, Cosméticos e de Bens de Consumo contam com mais mulheres em cargos de alta direção. Já os segmentos Agro e Indústrias de Base e de Bens de Capital ainda não contam com expressiva atuação feminina.
Veja o gráfico abaixo