Fazer networking é criar laços duradouros que vão além de interesses imediatos (shapecharge/Getty Images)
Repórter
Publicado em 12 de junho de 2024 às 10h00.
Última atualização em 12 de junho de 2024 às 10h08.
A valorização do “networking” evoluiu com o tempo. Nos anos 80 e 90, era visto principalmente como forma de conseguir emprego ou progredir na carreira, associado a práticas como troca de cartões de visita e participação em eventos de negócios.
A partir dos anos 2000, com o surgimento das redes sociais online, especialmente o LinkedIn, o networking passou a ser visto de forma mais positiva. Essas plataformas facilitaram a conexão entre profissionais e a construção de relacionamentos, tornando-o mais acessível.
Na década de 2010, o networking foi reconhecido como habilidade crucial para o sucesso profissional. “Empresas começaram a valorizar funcionários com fortes redes de contatos, percebendo que essas conexões poderiam trazer novas oportunidades de negócios, parcerias e inovação”, afirma Joaquim Santini, pesquisador internacional de comportamento, com passagem por universidades como Harvard, nos EUA, e INSEAD, na França.
Diferentemente do famoso “puxa-saco”, que só busca agradar superiores para ter vantagens, quem sabe fazer bons contatos costuma ser estratégico e profissional com profissionais de diferentes áreas e empresas, mostrando, sobretudo, suas capacidades.
“Quem sabe fazer um networking valioso é aquela pessoa que cultiva relacionamentos genuínos, baseados na confiança e na reciprocidade. É o profissional autêntico, curioso e empático, que é capaz de criar laços duradouros que vão além de interesses imediatos”, diz Santini.
Pessoas que já viram ou testaram o seu profissional podem ser a chave para conseguir a vaga ou a promoção que tanto deseja, mas é preciso usar algumas maneiras para defender quem você é e o quanto deveria ganhar com o apoio das pessoas certas, segundo uma matéria da CNBC.
Aqui algumas dicas para abordar essa conversa que envolve normalmente dinheiro e indicações:
Seus colegas querem saber quem você é e por que faz o que faz. No entanto, você não precisa compartilhar demais a sua vida. “Cumprimente as pessoas, sorria e demonstre interesse genuíno em suas vidas e trabalho. Também ajude seus colegas, a vida é uma via de mão dupla”, diz o pesquisador, que afirma que networking pode ser realizado tanto interno (na empresa) quanto externo (colegas de outras empresas).
O local onde você mora e trabalha pode influenciar as oportunidades de networking, mas lugares onde você escolhe ir podem potencializar ainda mais os contatos certos que poderão fazer a diferença em sua carreira.
“Importante comparecer em confraternizações, almoços e outras atividades sociais da empresa para fortalecer os laços com os colegas”, afirma o pesquisador brasileiro.
Marque reuniões mensais ou trimestrais com seu supervisor, para que ele saiba no que você está trabalhando.
“Relacionamentos produtivos podem abrir portas para novas oportunidades, seja dentro da empresa ou em outras organizações, uma vez que as pessoas tendem a lembrar e recomendar profissionais com quem tiveram boas experiências de trabalho”, afirma Santini.
Se você é da Geração Z ou da geração Y e quer ser rico algum dia, você precisa saber isso: não saber o seu valor pode resultar em contentar-se com menos.
Invista em cursos e atividades que vão te ajudar a se desenvolver como profissional e como pessoa, como uma especialização, uma viagem e até terapia.
“Se prepare para as oportunidades que deseja, de forma técnica e emocionalmente, e fale isso para pessoas que possam de alguma maneira te ajudar a chegar no cargo ou salário que acha justo”.