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Os sites chineses de e-commerce se popularizam no Brasil

Com preços atraentes, possibilidade de frete grátis e menores impostos, os sites chineses se popularizam no Brasil. A questão é: como não cair em uma roubada?

Comércio eletrônico na China (Getty Images/Getty Images)

Comércio eletrônico na China (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2014 às 13h22.

São Paulo - Até o fim do ano os brasileiros vão desembolsar 34,6 bilhões de reais em compras pela internet. Segundo o relatório da E-bit, empresa que fornece dados sobre o comércio eletrônico nacional, as aquisições de produtos online no país cresceram 32% de 2012 a 2013 e deverão subir outros 20% em 2014.

Em meio ao aumento das transações online, os sites estrangeiros, sobretudo os chineses, vêm ganhando espaço e disputam mercado com produtos nacionais. Em 2013, o Brasil recebeu 20,8 milhões de encomendas do exterior, quantidade 44% maior do que a do ano anterior, sendo que a China é o segundo país preferido pelos consumidores brasileiros que compram online, atrás somente dos Estados Unidos.

Esses dados chamaram a atenção da Receita Federal, que em abril anunciou que vai implantar até o início de 2015 um novo sistema de rastreamento de compras vindas de fora do país. “O objetivo é inibir a importação de produtos com irregularidades e proteger o produtor nacional da concorrência desleal”, diz Geórgia Ibanez da Motta, inspetora-chefe adjunta da Receita Federal de São Paulo.

No ano passado, 600 milhões de reais foram gastos pelos brasileiros em sites chineses. O interesse por essas páginas vem da possibilidade de adquirir produtos diretamente dos fornecedores, sem a mediação de um importador, a preços mais baixos do que os encontrados no Brasil.

Os sites chineses já perceberam o apetite do consumidor brasileiro e vêm facilitando a compra. Além de frete grátis, alguns deles oferecem a opção de pagamento por boleto, com Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) mais barato do que o do cartão de crédito. Mas, como em toda compra pela internet, alguns cuidados devem ser tomados na hora de encher o carrinho a fim de evitar prejuízo.

Para esclarecer suas dúvidas com antecedência e ter como negociar com o vendedor em caso de problemas, uma boa estratégia é dar preferência a sites que ofereçam assistência em português. É o caso, por exemplo, do AliExpress e do DealExtreme.

“Para a primeira compra, opte por cartão de crédito em vez de boleto, porque há a possibilidade de estorno rápido”, diz Amanda Santiago, designer curitibana, de 28 anos, que afirma que mais de 80% de seu guarda-roupa veio da China.

Prefira também sites cujo pagamento esteja atrelado à avaliação do consumidor. Neles, o pagamento só é liberado após a confirmação de recebimento do produto pelo cliente, o que aumenta a disposição de dar retorno ao comprador caso ocorra algum problema.

É preciso ficar atento também à tributação. Compras no valor total de até 50 dólares enviadas de pessoa física para pessoa física não são taxadas, mas estão sujeitas ao ICMS, tributo cobrado em alguns estados. Produtos que custam acima disso, até 3.000 dólares, estão sujeitos à cobrança de impostos, com alíquota de 60% sobre o valor da mercadoria.

Porém, o maior cuidado mesmo é evitar levar gato por lebre. A publicitária paulistana Mayra Lobão, de 26 anos, já se deu mal ao comprar em sites chineses.

“Paguei por um vestido que na foto aparentava ir até os joelhos. Quando chegou em casa, vi que era do tamanho de uma blusa. Outra vez, comprei um enfeite de cabelo e, assim que experimentei, ele quebrou. Conversei com o vendedor e ele me reembolsou”, diz Mayra.

A saída é pesquisar sobre a loja virtual em sites de reclamações e verificar os comentários nas fan pages. Como você já deve ter percebido, comprar barato na China tem um custo, que vai além do que está na oferta online.

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