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Não caia nestas 8 armadilhas na hora de aprender um idioma estrangeiro

Quer aproveitar ao máximo o aprendizado de um novo idioma? Professora de inglês aponta as maiores armadilhas na hora de estudar

Estudar idiomas: não devemos estudar apenas com material fácil (shironosov/Thinkstock)

Estudar idiomas: não devemos estudar apenas com material fácil (shironosov/Thinkstock)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 12 de dezembro de 2018 às 12h00.

Última atualização em 12 de dezembro de 2018 às 12h00.

São Paulo - Existem inúmeras ferramentas tecnológicas para aprender um idioma estrangeiro, o segredo é entender como nosso cérebro funciona porque se ele estiver no comando, cairemos nas seguintes armadilhas:

1. Não dormir o suficiente

O sono faz com que as sinapses sejam mais fortes, ou seja, nossa capacidade de fazer relações do que estamos aprendendo fica mais aguçada. Uma boa noite de sono também limpa as toxinas instaladas no cérebro. Se não tivermos uma boa noite de sono antes de uma entrevista, apresentação ou reunião importante, o resultado final poderá ser bastante prejudicado.

2. Leitura passiva e releitura

Temos de exercitar o cérebro e praticar a recordação ativa, ter o hábito de relembrar informações e não apenas deixar os olhos passarem pelo conteúdo.

Quando não estamos presentes em uma leitura, os pensamentos nos invadem e somos capazes de ler várias páginas sem registro algum das informações contidas no texto.

3. Realce ou sublinhado

Não podemos nos enganar! Apenas destacar ou sublinhar grandes blocos de texto não promove a retenção, não coloca nada em nossa cabeça. Precisamos fazer breves notas, na margem ou onde desejarmos, sobre os principais conceitos que estamos lendo e nossas reflexões sobre o tema.

Essas anotações nos ajudam a criar um conjunto de links cerebrais dos principais conceitos. Além disso, podemos voltar ao texto, usando as anotações simultaneamente. Essa postura incrementa o aprendizado.

4. Empurrar com a barriga

O estudo de última hora não cria sinapses consistentes. É preciso estudar regularmente. Muito melhor estudar por quinze minutos todos os dias do que estudar por 3 horas em um único dia antes da avaliação ou um teste de proficiência. Se quiser entender mais sobre isso, leia o artigo que escrevi sobre o método pomodoro.

Em aprendizado de idioma estrangeiro, não é sobre notas e resultados pontuais. O processo é cumulativo e as estruturas gramaticais e vocabulário precisam ser automatizados para atingirmos o objetivo de fluência.

5. Aprendizagem preguiçosa

Não devemos estudar apenas com material fácil. É como aprender a jogar basquete, temos de nos concentrar nos dribles. É necessária a prática deliberada - concentrarmos no que achamos mais difícil.

Se compreensão oral for o nosso ponto fraco, teremos de encará-la. No entanto, não precisa ser algo sofrido, há vários recursos e atividades muito interessantes que tornam o estudo um momento mais leve.

6. Não esclarecer dúvidas

Há apenas alguns pontos não compreendidos? Como disse acima, todo conteúdo visto em um curso de idiomas é relevante e será crucial quando tivermos de nos comunicar na língua.

Temos de solucionar nossas dúvidas imediatamente, em especial as gramaticais. Não temos como carregá-las para os estágios seguintes. Há pessoas que estão no nível intermediário e, basicamente, só se comunicam utilizando o presente simples como tempo verbal.

7. Distrações

O local de estudo tem de ser aquele no qual consigamos nos manter concentrados. Nosso cérebro não é multitarefa, sempre haverá perdas. Durante o estudo, melhor deixar o celular no modo avião, desligado ou forma do nosso alcance.

O celular é paradoxal, pois é nosso salvador e vilão ao mesmo tempo. Temos de saber usá-lo a nosso favor.

8. Conversando com amigos em vez de estudar com eles

Bons grupos de estudo podem ser uma ótima maneira de nos ajudar a aprender. Porém, há diferença entre "grupos de estudo" e grupos de amigos. A armadilha é ficar batendo papo em vez de estudar ou estabelecer um foco no bate-papo, como todos tomarem nota dos erros que ouvem e, ao final, o grupo revisa as anotações e busca corrigir esses erros.

Lígia Velozo Crispino, fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas. Graduada em Letras e Tradução pela Unibero. Curso de Business English em Boston pela ELC. Coautora do Guia Corporativo Política de Treinamento para RHs e autora do livro de poemas Fora da Linha. Colunista do portal Vagas Profissões. Organizadora do Sarau Conversar na Livraria Martins Fontes.

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