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Veja quanto ganham os presidentes e executivos da Vale, Itaú e Bradesco

Depois de quase uma década de disputas judiciais, as informações foram divulgadas nesta segunda-feira no site da CVM

Murilo Ferreira: o ex-presidente da companhia ganhou R$ 60 milhões da mineradora em 2017 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Murilo Ferreira: o ex-presidente da companhia ganhou R$ 60 milhões da mineradora em 2017 (Dado Galdieri/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de junho de 2018 às 16h33.

Última atualização em 26 de junho de 2018 às 18h20.

O executivo mais bem pago do país em 2017 foi Murilo Ferreira, ex-presidente da Vale. Desligado da empresa em fevereiro de 2017, ele recebeu quase R$ 60 milhões no ano, conforme informações divulgadas na noite desta segunda-feira, 25, pela companhia.

Mesmo descontados os adicionais relacionados ao chamado pacote de saída, que representam quase dois terços do total pago a Ferreira, a Vale pagou a segunda maior remuneração do País. Nos últimos três anos, o montante pago pela mineradora a Ferreira só foi menor que os R$ 72,9 milhões pagos pelo Itaú Unibanco em 2016.

O Itaú é o que tem a maior remuneração, mas também onde ela mais varia de um ano para o outro. Em 2016, o maior salário anual no banco foi de R$ 72 milhões, quase 80% maior que o informado para 2016.

Mesmo assim, comparado a outras instituições do mesmo porte, o executivo mais bem pago do Itaú recebeu quase três vezes mais que o do Bradesco, que faturou R$ 15,9 milhões no ano, e 23 vezes mais que o do Banco do Brasil.

Entre as empresas mais representativas do Ibovespa, apenas o Bradesco remunera melhor os conselheiros do que os diretores. A remuneração máxima do conselho superou em mais de R$ 1 milhão a do diretor mais bem pago.

Na média, a remuneração anual dos conselheiros foi quase 50% maior que a dos executivos que tocam a empresa no dia a dia.

As informações estão disponíveis desde esta segunda-feira no Formulário de Referência das companhias, disponível no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Depois de quase uma década de disputas judiciais, a autarquia conseguiu derrubar a liminar que permitia a um grupo de empresas, entre as quais Vale, Bradesco e Itaú, não dar transparência as informações nos termos do Anexo 24 da Instrução CVM 480/09.

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