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Mulheres ainda ganham menos, mas diferença caiu graças a mais escolaridade

Um dos motivos para esse incremento de renda das mulheres é que elas passaram a ter uma maior representatividade frente ao público masculino no nível de escolaridade

Home office: apesar da diferença salarial entre homens e mulheres ter diminuído de 21% para 14%, elas ainda têm ganhos inferiores a eles (Ponomariova_Maria/Getty Images)

Home office: apesar da diferença salarial entre homens e mulheres ter diminuído de 21% para 14%, elas ainda têm ganhos inferiores a eles (Ponomariova_Maria/Getty Images)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 11 de maio de 2021 às 15h22.

Última atualização em 12 de maio de 2021 às 10h26.

As mulheres ainda têm renda inferior aos homens, mas registraram aumentos maiores que seu sexo oposto. É o que aponta um levantamento do site VAGAS.com. De acordo com a companhia, as mulheres obtiveram alta média de 18% na remuneração, representando o dobro do resultado conquistado pelos homens, que foi de 9%.

O salário médio das mulheres, de 1998 a 2018, saltou de R$ 3232 para R$ 3814 (de 2019 até abril de 2021) enquanto o do público masculino passou de R$ 4070 para R$ 4422.

Um dos motivos para o aumento de renda das mulheres é que elas passaram a ter mais representatividade que o público masculino no nível de escolaridade.

Em todos os níveis elas já são maioria, mas em alguns casos a diferença aumentou ainda mais em relação aos homens. Na pós-graduação, as mulheres passaram de 57% para 63% e no ensino superior, de 56% para 59%. Até o ensino profissionalizante, que até pouco tempo atrás era um ambiente predominado pela presença masculina, agora é dominado pelas mulheres: elas saltaram de 46% para 54%.

Apesar da diferença salarial entre homens e mulheres ter diminuído de 21% para 14%, elas ainda têm ganhos inferiores a eles.

“Notamos um avanço nos salários das mulheres nesses dois períodos analisados, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido para que essa distância diminua mais ainda. É uma conquista, mas temos de continuar lutando por mais equidade salarial”, diz Renan Batistela, especialista em Diversidade & Inclusão na VAGAS.com.

O maior volume de mulheres em cursos de qualificação acabou impulsionando a presença feminina não apenas em cargos operacionais, mas também de gerência e alta liderança.

Em cargos de diretoria, por exemplo, elas passaram de 43% para 46%. Nos postos de gerência, saltaram de 45% para 49%.

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