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Mulher deveria ganhar mais que homem em 3 locais, diz OIT

Em regiões onde as mulheres são mais produtivas, têm mais educação ou experiência do que os homens, o salário delas deveria ser maior, mas desigualdade persiste

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 21h42.

Genebra - Mulheres no mercado de trabalho em várias partes do mundo são, em média, mais educadas, mais experientes e mais produtivas do que seus colegas do sexo masculino, mas ainda ganham salários menores, revelou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta quinta-feira.

No seu mais recente Relatório sobre Salário Global, a OIT concluiu que homens recebiam mais do que as mulheres em todos os 38 países analisados, mostrando que o "fosso salarial entre gêneros" continua firmemente enraizado no mundo inteiro.

A maior diferença na remuneração está nos Estados Unidos, onde as mulheres ganham, em média, 64,20 dólares para cada 100 dólares recebidos pelos homens.

Essa discrepância poderia ser explicada, em grande parte, por fatores como a maior produtividade, educação ou experiência dos homens, disse a OIT.

No entanto, na Europa, na Rússia e no Brasil, as mulheres pontuaram mais do que os homens nestes quesitos, mas as disparidades salariais ainda persistem.

"Um dos fatores responsáveis por isso é a discriminação", disse a vice-diretora-geral da OIT, Sandra Polaski. "Pode haver fatores diferentes em países diferentes, mas certamente a discriminação faz parte disso.

"Em média, nos 26 países europeus pesquisados, as mulheres deveriam receber 0,9 por cento a mais do que os homens, com base nestes fatores, mas elas realmente ganham 18,9 por cento menos.

No Brasil, na Rússia, na Dinamarca, na Suécia e na Lituânia, o prêmio salarial para as mulheres equivaleria a mais de 10 por cento. Na Eslovênia, o valor era de 18,5 por cento.

Na China, a remuneração das mulheres e dos homens deveria ser praticamente a mesma com base nestes fatores, com um prêmio de 0,2 por cento para as mulheres. Mas as chinesas estão efetivamente recebendo 22,9 por cento menos do que os homens.

Rússia e Brasil foram os países onde os salários das mulheres registraram a maior diferença em relação ao pagamento que seria esperado. Na Rússia, as mulheres ganham 32,8 por cento menos do que os homens, mas os "fatores observáveis" medidos pela OIT, que também incluem o setor e a função em que trabalham, deveriam dar a elas um salário 11,1 por cento superior.

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