Carreira

Gente medíocre é um serial killer de carreiras

O profissional medíocre não cabe mais no mundo em que estamos. Já quem trabalha bem e quer se aperfeiçoar sempre vai encontrar emprego


	No exigente mundo atual é preciso o máximo de desempenho e esforço para crescer na carreira
 (Getty Images)

No exigente mundo atual é preciso o máximo de desempenho e esforço para crescer na carreira (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 11h31.

São Paulo - Você se lembra de um conceito básico da matemática chamado mínimo múltiplo comum? Tínhamos de calcular qual seria o menor número que era múltiplo de outros dois ao mesmo tempo. De 6 e 9, por exemplo, seria 18. 

Recentemente, deparei-me com um conceito de gestão que me lembrou o curso primário. Trata-se do Menor Desempenho Aceitável (MDA). O que é isso? Ora, é o desempenho mínimo que alguém tem de demonstrar para não ser mandado embora do emprego, para não receber uma reclamação do cliente ou para deixar tudo exatamente como está.

Com frequência vejo o MDA sendo praticado por aí. Trata-se da filosofia dos medíocres. Gente que faz o menor esforço só para cumprir tabela, sem preocupação com surpreender, superar, evoluir. Uma legião de acomodados ao destino que eles mesmos construíram, que vão levando a vida esperando que algo melhor aconteça algum dia, por sorte. 

Aquela pessoa que sempre passou de ano com média 6, a menor nota suficiente. Você conhece esse tipo? Quero alertar que esse profissional medíocre é um serial killer de carreiras (ele prejudica os colegas também) e que não cabe mais no mundo em que estamos.

Nas empresas, vivemos a era da excelência, da qualidade, da preocupação com os detalhes e do aprimoramento contínuo. Definitivamente, não podemos fazer só o mínimo, pois o cliente é mais exigente e o concorrente está preparando o bote. Talvez seja conveniente lembrar de outro conceito da aritmética: o máximo divisor comum. Lembra? Trata-se do maior número inteiro que pode dividir outros dois.

Eu também não percebia sua aplicação, mas gostava da palavra máximo. E ainda gosto. No trabalho e na construção de carreiras profissionais nós não podemos esquecer o Maior Desempenho Possível (MDP), um índice inconstante, pois muda todos os dias, para
cima, claro.

Felizmente a flosofia do MDP também é adotada por muitos, em todos os lugares, e salva nosso dia. Gente que sabe que dá para melhorar o desempenho sempre, e não se contenta em ficar como está. Alias, ninguém se mantém igual — ou melhora ou piora.

Ficar igual é ilusório, porque você sempre está sendo comparado com a média, e esta continua subindo. É que vivemos, atualmente, em um Mundo Mais Exigente (MME). E quem vai se sair melhor no MME? Os MDAs ou os MDPs?

Eugênio Mussak escreve sobre liderança. É professor do MBA da fundação Instituto de Administração (FIA) e consultor da Sapiens Sapiens

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