Relatório da Microsoft mostra avanço desigual da inteligência artificial no mundo (Getty Images)
Redatora
Publicado em 24 de novembro de 2025 às 12h00.
Um relatório da Microsoft mostra que a inteligência artificial avança mais rápido que qualquer tecnologia já registrada, mas esse avanço corre em paralelo a uma barreira crescente: bilhões de pessoas continuam incapazes de acessar ferramentas digitais que movem a nova economia global. As informações foram retiradas de Business Insider.
O alerta vem do “AI Diffusion Report”, em tradução Relatório de Difusão da IA, estudo divulgado pela Microsoft que detalha como o uso da tecnologia se distribui entre países, setores e populações.
A empresa estima que 1,2 bilhão de pessoas já utilizam algum tipo de solução de IA, um ritmo de crescimento sem precedentes. No entanto, a mesma análise expõe uma desigualdade estrutural que ameaça aprofundar o fosso entre economias preparadas e regiões sem recursos básicos.
Em países como Emirados Árabes Unidos, Singapura e Noruega, mais da metade da população já incorpora ferramentas de IA no cotidiano. Esses locais combinam eletricidade estável, internet rápida e uma população digitalmente capacitada.
No outro extremo, em partes da África Subsaariana, do Sul da Ásia e da América Latina, menos de 10% das pessoas têm acesso a essas tecnologias. A razão é simples e dura: sem energia confiável, conexão constante e dispositivos adequados, o avanço tecnológico não chega.
A Microsoft organiza o fenômeno em três forças: quem desenvolve modelos, quem constrói infraestrutura e quem usa as ferramentas. E é a infraestrutura que escancara a distância.
Os Estados Unidos lideram a infraestrutura que sustenta a IA, operando o maior conjunto de instalações que armazenam e processam dados do mundo — 53,7 gigawatts de capacidade, acima de China, Alemanha e Reino Unido.
Ainda assim, mais de 700 milhões de pessoas no mundo vivem sem acesso regular à eletricidade, um entrave direto ao uso da IA, independentemente do avanço dos algoritmos.
Outro obstáculo é linguístico. A maior parte dos modelos é treinada em inglês e em alguns idiomas de maior disponibilidade de dados.
Línguas como hausa, bengali ou chichewa praticamente não aparecem nesses sistemas, o que impede milhões de usuários de interagir plenamente com as ferramentas. Para a Microsoft, essa limitação pode determinar: “quem se beneficia da IA nas próximas décadas”.
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