Metaverso: nova tecnologia vai impactar a economia, os negócios, o mercado de trabalho e muito mais (Krongkaew/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2022 às 15h00.
Última atualização em 13 de dezembro de 2022 às 17h44.
Há quase um século e meio, o escocês Alexander Graham Bell patenteava o telefone. À época, ninguém poderia imaginar o impacto de sua invenção. Hoje, smartphones são quase uma extensão nosso corpo, tamanha sua relevância. Com os computadores e a internet, foi parecido: equipamentos cada vez menores, mais rápidos e potentes e uma montanha de dados. Em apenas um ano foram gerados 40 trilhões (acrescente 12 zeros ao número) de gigabytes, segundo o Instituto Gartner e a plataforma de gestão de dados Domo.
Nos últimos anos, uma coleção de novos termos passou a integrar nossas vidas. Criptomoedas, tecnologia Blockchain, NTFs (tokens não-fungíveis), Inteligência Artificial. Tudo isso tem a ver com a possibilidade de uma vida em ambiente virtual imersivo, uma realidade aumentada no chamado metaverso. É como se estivéssemos construindo uma vida virtual paralela em um Minecraft ou Second Life turbinados e com influências e impacto na e da vida real.
Arregalou os olhos? Talvez essa tenha sido a sensação das gerações anteriores quando grandes inovações surgiram. Mas veja, há sinais de que o metaverso deve, de fato, influenciar nossas rotinas em um futuro bem próximo. De diversão a interações familiares, do consumo de bens virtuais a transações financeiras envolvendo milhões.
“A única certeza é de que passaremos por uma era de descentralização da informação e, por isso, tecnologias como Web 3.0, Blockchain e NFTs estão se tornando tão relevantes”, é o que diz Izabela Anholett, CTO da EXAME e professora do MBA em Digital Manager e Metaverso. Para a especialista, as tecnologias imersivas, como ambientes de trabalho virtuais, por exemplo, serão o futuro da tecnologia.
No segundo semestre de 2021, Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook, alterou o nome da companhia, que passou a se chamar Meta e anunciou um investimento de US$ 50 milhões. Em um evento sobre o tema, Mark afirmou: “Você pode pensar no metaverso como uma internet materializada, onde em vez de apenas visualizar o conteúdo, você está nele”.
Antes, em 2020, o rapper Travis Scott havia feito uma apresentação para cerca de 12,3 milhões de fãs através do jogo Fortnite, da desenvolvedora Epic Games. A Microsoft também se mexeu e no começo do ano passado criou a plataforma Mesh. Nela, as reuniões virtuais podem contar com hologramas em espaços 3D compartilhados.
Quer mais? Dentro do ambiente do jogo Roblox, Nike, Gucci e outros grandes nomes de empresas ligadas ao vestuário já marcam presença. Desde novembro de 2021, a Nike solicitou o registro de patente da marca para uso em ativos virtuais e, em paralelo, criou a Nikeland, sua plataforma de atividades no universo Roblox. A Gucci, por sua vez, abriu o Gucci Garden um ambiente virtual no game por uma quinzena, em maio de 2021. Nele, além de visitar uma exposição, era possível comprar itens limitados e exclusivos para os avatares.
No Brasil, relatório da Kantar Ibope Media (2021) analisou o perfil dos “early adopters”, usuários que já vivenciam de alguma forma uma experiência imersiva em ambientes virtualizados como o Second Life e o World of Warcraft: eles já são 6% dos que usam regularmente a internet, ou quase 5 milhões de pessoas.
A pesquisa ainda indica que esse público possui gadgets como smartwatches (42%), dispositivos de realidade virtual (29%) e aparelhos inteligentes ativados por voz (24%). Sua rede social preferida é o Instagram (77%) e existe o hábito de uso de plataformas digitais para se comunicar e interagir com outras pessoas (71%).
Em consonância, estimativas do Instituto Gartner apontam que, até 2026, cerca de 25% da população mundial deve passar, diariamente, ao menos uma hora no metaverso. Esse tempo poderá ser utilizado para trabalho, compras, educação, atividades sociais ou entretenimento.
O Instituto Gartner ainda indica que em até quatro anos, por volta de 30% das organizações devem oferecer produtos e serviços para o metaverso. O impacto na forma de trabalhar e na maneira de atuar no mercado e gerir negócios implicará a necessidade de conhecimentos específicos sobre o tema.
“Hoje, falar sobre metaverso parece coisa de outro mundo. Daqui alguns anos, dominar o metaverso será o mínimo. Saber utilizar essa tecnologia será tão necessário quanto saber falar inglês ou criar tabelas no Excel, toda empresa exigirá”, explica Izabela.
Estudando. A EXAME em parceria com o Ibmec inovam ao lançar o MBA em Digital Manager e Metaverso, a primeira formação dedicada a preparar profissionais para a maior revolução empresarial e tecnológica do século 21.
E para que você possa conhecer o conteúdo, a CTO da EXAME e professora do MBA, Izabela Anholett, convida para assistir às 4 primeiras aulas do curso gratuitamente. O conteúdo é online e cada participante receberá um certificado. Para participar, é só se inscrever clicando aqui.
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