Renato Guimarães, da Purpose Brasil: "Minha função é engajar politicamente os jovens" (Fabiano Accorsi)
Da Redação
Publicado em 7 de setembro de 2013 às 10h30.
São Paulo - O relações-públicas carioca Renato de Paiva Guimarães, de 42 anos, sempre teve trabalhos com uma causa. Nos anos 1990, trabalhou no Instituto Ethos, em São Paulo. Depois foi para o Greenpeace, que o levou a vários lugares do mundo, brigando pelo meio ambiente.
Em 2011, após um mestrado em relações internacionais, na Universidade Tufts, em Massachusetts, nos Estados Unidos, foi trabalhar no Banco Mundial, em Nova York. Para os amigos, Renato tinha o emprego dos sonhos, estável, com um bom pacote de remuneração, além da admiração dos colegas de trabalho.
Como responsável pela área de comunicação e relações com a sociedade civil, sua função era disseminar as iniciativas do banco entre seus parceiros. Enfim, ele tinha uma causa, um bom trabalho, um salário decente e vivia em Nova York. Renato, porém, estava muito insatisfeito. "Como o Banco Mundial atua em nível macro, levávamos muito tempo para ver os resultados de nossas ações", diz.
Por meio do site da Avaaz, que ele utilizava no trabalho para divulgar as campanhas do Banco Mundial, Renato conheceu a Purpose. A ONG, fundada pelos americanos Jeremy Heimans e David Madden, tem como principal objetivo colaborar na criação e na incubação de movimentos sociais.
Renato se candidatou a uma vaga de emprego. Fez três rodadas de entrevista, em Nova York, e em novembro do ano passado foi contratado como estrategista sênior da Purpose no Brasil. Sua passagem pelo Greenpeace o ajudou a encarar o novo desafio: bolar estratégias de mobilização social para a Purpose.
"Minha função é engajar politicamente os jovens", diz Renato. A Purpose Brasil participou do lançamento, há alguns meses, do projeto Meu Rio, uma plataforma online que visa aproximar o carioca de decisões políticas da cidade. Uma das iniciativas do projeto foi pedir a planilha de gastos das empresas de transporte público do Rio.