Cartão de crédito (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2013 às 20h06.
São Paulo - Em pouco menos de dois anos, o mercado de operadoras de cartões de crédito praticamente dobrou. Com o fim do duopólio Visanet-Redecard, em julho de 2010, a concorrência entre as bandeiras aumentou e houve a entrada de novas companhias nesse mercado.
Com isso, houve uma mudança no perfil do funcionário que é valorizado pelas operadoras. Os profissionais procurados pelos recrutadores precisam ter domínio de novas tecnologias, incluindo também redes sociais, conhecimento de estratégias de vendas e de logística e agilidade no aprendizado.
Um grupo de competências que muitos profissionais que já trabalham nas operadoras não desenvolveram. Agora, as empresas se veem diante do dilema de investir na formação do quadro atual ou demitir e contratar colaboradores mais atualizados.
A Redecard optou pela segunda alternativa, e nos últimos três meses demitiu mais de 300 funcionários. Os profissionais demitidos integravam, na sua maioria, as áreas operacional e de atendimento ao cliente. O que está em curso nas empresas do setor, Redecard inclusive, é uma reorganização interna para fazer frente aos concorrentes.
Desde o ano passado multinacionais têm chegado ao Brasil. Um exemplo é a suíça Zellux. Além disso, há novas operadoras sendo fundadas, caso da Elo, bandeira de cartões de crédito e débito criada pelos bancos Bradesco e Banco do Brasil.
Com o aumento da competição, as operadoras estão sendo obrigadas a mudar a gestão e inovar. Para quem trabalha no setor, buscar atualização é imperativo.
“Procuramos um profissional com capacidade de aprendizado rápido e excelente comunicação”, diz Kátia Bulgarelli, vice-presidente de RH da Mastercard. Outra característica almejada pelos RHs é, veja só, o foco no cliente. “É essencial ser atencioso com o consumidor”, afirma Maribel Diz, executiva de RH para a América Latina da Visa.
O aquecimento do mercado também inflacionou os salários, que aumentaram de 15% a 25%. O volume de pagamentos com cartões no primeiro semestre aumentou 23% em relação ao mesmo período do ano passado. Sinal de que, financeiramente, as companhias estão passando por uma boa maré. As contratações, portanto, devem continuar.