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Salário do Seal Team 6, que matou bin Laden, é de cerca de US$ 50 mil

Remuneração anual pode aumentar com condecorações e de acordo com o grau de risco de cada operação

Militares do esquadrão Seals: força de elite foi responsável pela morte de Osama bin Laden (Getty Images / Allison Shelley)

Militares do esquadrão Seals: força de elite foi responsável pela morte de Osama bin Laden (Getty Images / Allison Shelley)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 11 de maio de 2011 às 17h52.

São Paulo – Cada membro do Seal Team Six, a (ultra secreta) força especial de elite que matou o terrorista Osama Bin Laden, deve receber um salário médio de 54 mil dólares por ano.

Esse é a remuneração básica paga para profissionais com mais de doze anos de experiência no grupo referente ao nível E-7, do qual todas as equipes de operações especiais fazem parte, segundo informações de reportagem do site ABC.

Na prática, o valor, no entanto, pode ser maior. “Se for somando com salário base, condecorações e grau de periculosidade, entre outros, o salário pode até dobrar”, afirma Hugo Tisaka, diretor executivo da NSA e pós-graduado em estratégia militar.

Pouco se sabe sobre quem são, quanto ganham e como, realmente, operam os agentes do Seal Team Six. Oficialmente, a equipe integra a United States Naval Special Warfare Development Group (DEVGRU), sediado no estado da Virgínia.

É desse departamento que partem todas as missões anti-terror conduzidas pelos Estados Unidos. E, nesse contexto, o Seal Team Six é o responsável pelas operações mais complexas de captura, destruição de alvos específicos e resgates.

Para evitar problemas judiciais no futuro, raramente essas atividades são documentadas. E a identidade dos membros do time é segredo de estado.

De acordo com Tisaka, provavelmente, as próprias famílias dos membros do Seal Six não sabem de sua real identidade militar. Tanto que a condecoração dos participantes da operação que matou Osama bin Laden será feita em segredo.


Expediente super secreto
Os integrantes do grupo são considerados a elite da elite militar americana. Para chegar até esse nível é necessário condicionamento físico, profundo domínio de estratégias de guerra, armamento e inteligência militar.

O treinamento é intenso. No livro SEAL Team Six: Memoirs of an Elite Navy Seal Sniper, que deve chegar às livrarias americanas este mês, Howard E. Wasdin, um ex-membro da força de elite, conta detalhes sobre o período em que participou da equipe.


“Uma noite, um Seal precisará sair de um submarino submerso, (...) escalar um rochedo através de um território inimigo para o seu alvo, escalar um prédio de três andares (...). O ‘O-course’ [uma das fases de treinamento] ajuda a preparar um homem para esse tipo de trabalho. Ele também quebra o pescoço ou a coluna de um ou mais trainee (...)”, afirma em um dos capítulos do livro publicado na revista Vanity Fair.

Mas preparo físico para se adaptar aos ambientes inóspitos não é o único requisito para um Seal. “Boa parte do tempo dessas pessoas é dedicado ao treinamento para operações específicas”, diz Tisaka.

Isso significa que eles absorvem o máximo possível de informações sobre a cultura, entre outros dados, do alvo em questão. Para se ter uma ideia, desde o início de abril, de acordo com informações do National Journal, os mais de 20 agentes do Seal Team Six treinavam a invasão à fortaleza de Bin Laden em uma réplica em tamanho real da mansão em que ele estava escondido.

Além disso, quase todos os membros do Seal Team Six falam mais do que um idioma estrangeiro - há boatos de que alguns dos participantes da operação que matou bin Laden eram fluentes em patcho, uma das língua afegãs.

A criação do Seal Team Six foi uma resposta direta ao fracasso dos Estados Unidos em resgatar os 52 diplomatas feitos reféns por radicais islâmicos no Irã em 1979. Na ocasião, o governo americano percebeu a necessidade de fundar uma equipe secreta apenas focada em atos contra-terroristas.

Até hoje, poucas missões operadas pelo time foram divulgadas. Entre as que vieram a público, estão o resgate do governador geral de Granada após um golpe de estado em 1983 e a captura de vários criminosos de guerra na Bósnia, na década de 90. 

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