Unidade da escola de idiomas CNA em Salvador (Divulgação)
José Eduardo Costa
Publicado em 11 de setembro de 2014 às 10h26.
São Paulo - O contador Décio Pecin, de 43 anos, soube assumir as rédeas de sua carreira. Isso implicou tomar três decisões difíceis. Sua primeira grande questão profissional foi trocar o primeiro emprego, onde ficou por 13 anos, para ir atuar em outra área.
A segunda decisão difícil envolveu um conflito no escritório que fez com que Décio optasse pela demissão. O terceiro dilema foi avaliar a proposta de retornar à empresa de onde tinha saído seis anos antes.
O dilema
Décio começou a carreira no Bradesco, aos 17 anos. Aos 28, já ocupava um cargo de supervisão na área de operações de crédito. Em uma festa de fim de ano na empresa em que a noiva trabalhava, conheceu o empresário Luiz Gama Neto, dono do CNA. “Dias depois, uma funcionária dele me ligou dizendo que o Luiz queria conversar comigo”, diz Décio.
O contador recebeu uma proposta para se tornar gerente financeiro do CNA. “Eu estava bem no banco. Pedi para pensar.” Para convencer Décio, Luiz insistiu que ele participasse da convenção de vendas do CNA. Ao que o contador recusou, pois estaria em lua de mel. “Luiz insistiu e fretou um jatinho para me buscar em Natal, onde eu estava com minha esposa.”
Décio aceitou a proposta e, em janeiro de 2000, começou no CNA. “O fato de eu assumir uma posição de liderança pesou”, diz. Quatro anos depois, Décio pediu demissão. “Eu me desentendi com um colega de trabalho, um diretor, e decidi sair. Foi duro, mas não via mais como contribuir para a empresa.”
Em 2010, quando era superintendente de operações da Associação Brasileira de Shopping Centers, Décio recebeu uma ligação do antigo chefe: “Quer voltar?”.
A decisão
“De novo, tive de pensar muito a respeito. Conversei com minha mulher e amigos próximos. Para que eu aceitasse a proposta, algumas condições de trabalho na empresa teriam de mudar. Liguei para Luiz, dono do CNA, e fiz uma contraproposta. Eu queria participar do processo de construção e transformação da empresa, que começava um novo ciclo de expansão. Luiz aceitou, e fui contratado como vice-presidente corporativo. Em 2012, me tornei presidente. Hoje, temos 600 escolas e 500 000 alunos. Estou feliz.”