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A sopa de letras dos investimentos pessoais

Conheça os termos que você precisa saber para lidar com seus investimentos a partir das novas regras da poupança e da alteração nas taxas de juros

Mulher em dúvida se compra ou aluga imóvel (Divulgação/Imovelweb)

Mulher em dúvida se compra ou aluga imóvel (Divulgação/Imovelweb)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - Agora não tem mais jeito. Gostando ou não, o investidor terá de se habituar a alguns termos econômicos que sempre existiram, mas que fingia não ver nem ouvir falar.

O fato é que, ao alterar as regras de remuneração da caderneta de poupança e forçar os bancos a baixar os juros cobrados na concessão de crédito e financiamento, o governo impôs uma mudança estrutural na economia, que vai mexer diretamente no seu bolso. A VOCÊ S/A preparou um pequeno glossário com os principais termos que você terá de aprender para lidar de forma mais eficiente com seu dinheiro.

Taxa Selic

A taxa básica de juros, conhecida como Selic, é que remunera os títulos do governo e baliza os juros praticados em diversos financiamentos e também em alguns investimentos de renda fixa — principalmente aqueles emitidos pelo governo e pelos bancos.

A cada corte (ou elevação) que o governo praticar daqui para a frente na taxa Selic, a sua caderneta de poupança terá perda (ou ganho) de rendimento, já que a nova regra estabelece que essa aplicação renderá 70% da taxa básica de juros, quando ela estiver igual ou menor a 8,5% ao ano.

Debêntures

Uma empresa pode captar “empréstimos” no mercado por meio da emissão de debêntures. Esses títulos são comprados pelo investidor, que passa a ser um credor da companhia. Com data de vencimento predeterminada, a garantia para o investidor é o próprio patrimônio da empresa.

A forma de remuneração por esse empréstimo concedido pelo investidor varia de caso a caso, podendo ser juros fixos, variáveis, participação nos lucros, entre outros. Algumas debêntures são conversíveis, e podem ser transformadas em ações da companhia conforme regras estabelecidas previamente. 

O mercado vê esses títulos com bons olhos e, neste momento, eles devem fazer parte da oferta de muitos bancos e gestoras de ativos.

Juro e juro real

Juro é a remuneração que alguém que toma empréstimo deve pagar para aquele que fornece o capital. É chamado de juro real o valor que o tomador se propõe a pagar para seu fornecedor, considerando a correção monetária do montante, que inclui o desconto da variação da inflação. 


CDI

O Certificado de Depósito Interbancário é o título de uma transação financeira realizada para a captação de recursos ou investimentos. A média dos juros praticados pelas instituições financeiras nessa operação é uma das possíveis referências para o cálculo da rentabilidade de outros investimentos, como o do Certificado de Depósito Bancário (CDB) — um dos papéis mais negociados no mercado. 

Títulos de renda fixa

São títulos com prazo de vencimento predeterminado, que pagam remuneração que pode ser prefixada (no momento da contratação) ou pós-fixada. É como 

um empréstimo: você empresta dinheiro ao emissor (governo, empresa ou banco) e ele paga juros pelo seu empréstimo. Entre os mais negociados estão os emitidos por companhias ou bancos, como CDBs e debêntures, e os públicos, como os títulos federais e estaduais. 

Títulos de renda variável

Todos os títulos com remuneração definida pelas condições do mercado e não atrelados a um indicador preestabelecido na hora da contratação são títulos de renda variável. Os mais conhecidos são as ações de empresas — negociadas em bolsa —, commodities (ouro, café, entre outros) e os fundos de investimento que reúnem ativos desse tipo.  

Dividendos

O dividendo é uma parte do lucro de uma empresa que é dividido entre os acionistas. As carteiras de dividendos são a reunião de uma série de ações de companhias que pagam uma boa porcentagem de seu lucro ao investidor.

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