O piloto de Fórmula 1 da Mercedes, Nico Rosberg, era o "melhor preparado" ou o "mais bem preparado"? (REUTERS/Yves Herman)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2014 às 11h55.
Durante o último fim de semana, ocorreu a etapa brasileira de Fórmula 1 e registrou um sujeito:
“Nesta temporada, a maioria dos jovens pilotos estão melhor preparados.”
Aqui há dois pontos curiosos: a concordância e o uso do adjetivo. Tratemos disso? Pois sim!
Sabe-se, gramaticalmente, que, com o sujeito partitivo, o verbo pode tanto concordar com o singular quanto com o plural (apesar de ser mais lógica a concordância com o núcleo “maioria”, no singular).
No entanto, a parte da oração que mais causa polêmica é o uso da expressão “melhor preparados”. Em Gramática Normativa, antes de particípio, usa-se “mais bem” e “mais mal”, em vez de “melhor” e “pior”. Sendo assim, é fato registrar:
“A maioria dos pilotos está mais bem (e não melhor) preparada.”
Ratificando a facultativa concordância:
“A maioria dos pilotos estão mais bem (e não melhor) preparados.”
Nos demais casos, em que não houver o tal particípio, deve haver o uso de “melhor” ou “pior”:
“O narrador já conhecia melhor os novos pilotos.”
“Mesmo com aquele carro, Massa não faria pior naquela volta.”
Apesar de todo o exposto normativo acima, há sim estudiosos que defendem o uso indiferente de "melhor" ou "mais bem" antes de particípio. E agora, então? Usar ou não usar a norma? Caso você seja um concursando ou participe de processos seletivos no mercado de trabalho, use a regra, a tradição, a norma.
No fim das contas, empresas (públicas ou não) buscam os sujeitos mais bem-educados, os mais bem-esclarecidos e que desenvolvam melhor o trabalho em equipe.
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