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Lywal Salles, presidente do UBS, diz que serviço é gente

São Paulo - Um ano e meio após vender sua participação no banco Pactual e selar sua saída do Brasil, o banco suíço UBS decidiu voltar ao país. Hoje, a filial já tem 320 profissionais e se programa para chegar a 600 até o fim de 2012. Para montar essa estrutura, uma das primeiras pessoas […]

Lywal Salles (Divulgação)

Lywal Salles (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 13h31.

São Paulo - Um ano e meio após vender sua participação no banco Pactual e selar sua saída do Brasil, o banco suíço UBS decidiu voltar ao país. Hoje, a filial já tem 320 profissionais e se programa para chegar a 600 até o fim de 2012.

Para montar essa estrutura, uma das primeiras pessoas que Lywal Salles, presidente do UBS no Brasil, contratou foi Claudia Portella Perrone, a diretora de RH.

Foi ao lado de Claudia que Salles deu explicações à imprensa quando, em setembro, o banco descobriu uma perda mundial de 2,3 bilhões de dólares causada por transações não autorizadas realizadas por um operador.

Como Salles diz, “serviço é gente” — e depende do RH para contratar as pessoas certas, que atenderão bem aos clientes e trarão retorno aos acionistas. Sem fraudes.

"Há muitos anos, tenho o diretor de recursos humanos como um dos meus mais próximos colaboradores. Confio tanto nos meus RHs que já tive um que acabou me sucedendo em uma linha de negócios, e um outro que, de tão necessário às minhas decisões diárias, sentava junto à porta da minha sala.

Como na minha carreira dediquei muitos anos ao setor de serviços financeiros, meu desempenho sempre dependeu das pessoas. Serviço é gente! E eu sempre tive a sorte de ter um bom RH como meu braço direito.

Uma das responsabilidades de um CEO é a formação e a manutenção de sua equipe — atividades que exigem um profissional de RH dedicado e competente, já que ele é o elo entre a estratégia e a tática, além de funcionar como um canal de comunicação entre funcionários e liderança. 

A resultante dessa parceria é a satisfação dos funcionários, dos clientes e, é claro, dos acionistas. Nessa ordem mesmo, uma implicando a outra. Pessoas felizes tratam os clientes bem, se esforçam em resolver seus problemas, são proativos. Clientes bem atendidos fazem negócios de maior montante e os repetem com mais frequência, gerando mais receitas e melhores resultados, que, por sua vez, valorizam o preço das ações, alegrando os acionistas.

O gestor de RH é também o que eu chamo de ‘ouvidos da organização’. Ele avalia o humor da equipe e ajuda o Comitê Executivo, do qual faz parte, a lidar melhor com os anseios, as insatisfações e as preocupações das pessoas e, consequentemente, com o seu desempenho e a sua produtividade.

O gestor de pessoas é crítico para o sucesso de um CEO — e de uma empresa. Ele deve ser sempre alguém em quem os funcionários confiam, percebido como imparcial, conhecedor do negócio, dos vetores de rentabilidade e, acreditem, conhecedor profundo da personalidade do CEO. Ele deve ter um pouco de psicólogo, de administrador, de comunicador, de financeiro, de planejador.

Deve saber construir um ambiente competitivo, no qual todos entendam para onde vão, por que vão, como chegar lá e o que encontrarão no fim dessa jornada. Por que eu preciso de um RH? Porque um CEO só será lembrado como um líder se na sua equipe tiver existido um verdadeiro líder responsável pelas pessoas.”

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