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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h32.
Na agenda apertada do administrador Luciano Rodembusch, o sábado é sagrado. Todo início de tarde, ele pode ser encontrado entre os líderes do movimento escoteiro num parque próximo à sua casa, na zona sul de São Paulo. "É uma chance de exercitar minhas habilidades, sabendo que vou ter respostas sinceras dos meus comandados mirins" , diz. "Quando a programação não agrada, eles reclamam mesmo." Rodembusch leva o hobby tão a sério que, há pouco tempo, passou adiante a missão de presidir o grupo, porque não estava conseguindo preparar as atividades como gostaria. Parece brincadeira, mas o jeito inusitado de testar a liderança dá resultados na prática, ou melhor, no trabalho. Quando assumiu a gerência nacional de vendas do laboratório Bristol, há um ano e meio, depois de nove anos na Procter & Gamble, sua equipe era formada por cinco pessoas. Hoje, são mais de 60, incluindo o pessoal terceirizado. Nesse período, a responsabilidade de seu departamento também cresceu. Além da parte comercial, de informações de mercado e de negociações corporativas, Rodembusch responde pelo customer service. "Como no início eu não entendia muito desse assunto, meu papel foi o de motivar a equipe e confiar que ela podia andar sozinha." Para Rodembusch, confiança, ética e motivação são a receita para uma liderança de sucesso. São esses ingredientes, aliás, que ele pretende usar como candidato à sucessão de seu atual diretor. "Chegar ao destaque é relativamente fácil. Manter-se é o grande desafio."