LinkedIn: em uma publicação na rede social, o CEO da empresa Ryan Roslansky disse que a decisão de atualizar a política de home office aconteceu com base na confiança (Niall Carson/PA/Getty Images)
Victor Sena
Publicado em 29 de julho de 2021 às 12h49.
Última atualização em 29 de julho de 2021 às 12h55.
O que funciona para um não necessariamente vai funcionar para o outro. Essa foi a visão que fez com que o LinkedIn atualizasse sua política de modelo de trabalho híbrido nesta semana.
Em outubro de 2020, a empresa havia decidido que os empregados dos escritórios nos Estados Unidos deveriam dividir seu tempo entre escritório e casa em uma proporção de 50% nos pós-pandemia. No entanto, a empresa percebeu que o ideal é não criar uma regra. Na prática, equipes e funcionários terão autonomia para decidir quantas vezes irão para o escritório. E isso pode significar ir todos os dias. Ou nenhum.
Em uma publicação na rede social, o CEO da empresa Ryan Roslansky disse que a decisão de atualizar a política de home office aconteceu com base na confiança. "Confiamos uns nos outros para fazer nosso melhor trabalho onde for melhor para nós e nossas equipes".
Roslansky também destaca que cada pessoa e time trabalham de formas diferentes. Por isso, não há motivo para existir uma política única.
"Estamos adotando a flexibilidade com funções híbridas e remotas, esperando que mais de nós fiquemos remotos do que antes da Covid e eliminando a expectativa de estar no escritório 50% do tempo."
Outras empresas de tecnologia como Google, Microsoft, Facebook e Twitter foram as primeiras a anunciar alguma flexibilização no trabalho pós-pandemia, cada um a sua maneira. Segundo o LinkedIn, o escritório permanece com relevância no dia a dia da empresa porque 87% dos funcionários afirmavam que gostariam de poder ir até ele em algum momento da semana.
A Apple e o Google disseram aos funcionários que devem esperar trabalhar de dois a três dias no escritório. Outros, como o Twitter, estão permitindo que os funcionários fiquem totalmente remotos, se desejarem.
Em entrevista à Business Insider, a chefe de People do LinkedIn, Teuila Hanson, afirma que cada equipe e profissional está sendo estimulando a refletir como e onde trabalha melhor.
A ideia do LinkedIn é evitar situações como uma carta de funcionários ao CEO da Apple, Tim Cook, que pedia que a empresa não obrigasse as pessoas a voltarem ao escritório três vezes por semana. Para aqueles empregados, quem desejava continuar 100% de forma remota deveria ser ouvido.