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Legado da geração Z para saúde mental é a busca pela verdade

Exame realizou nesta quinta último dia do Summit sobre Saúde Mental nas Organizações, com um painel que debateu como os jovens lidam com a saúde mental

Jovens: jovens profissionais que precisam de um espaço que lide com essa questão sem tabu (Agência/Thinkstock)

Jovens: jovens profissionais que precisam de um espaço que lide com essa questão sem tabu (Agência/Thinkstock)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 21h19.

Última atualização em 10 de dezembro de 2020 às 21h21.

Apesar de ser apontada como a geração que mais tem sentido os impactos mentais da pandemia da covid-19, a geração Z, de jovens nascidos a partir de 1997, também deve contribuir para que a discussão seja cada vez menos um tabu. 

Essa é a visão da psicanalista e conselheira de carreira Marina Segnini, que participou do último painel do Summit de Saúde Mental nas Organizações, transmitido pela Youtube da Exame nos últimos dias. Além de Marina, o painel contou com a presença de Sofia Esteves, da Cia de Talentos, Cintia Gonçalves e Amanda Borges da Getahead, e Fadi El Didi, da Dubai Holding.

“A geração Z busca pela verdade, ela vai se perguntar o que realmente quer, vai buscar aquilo que faz sentido e tem a coragem de enfrentar. Ele querem entender o que acreditam, quem são. Acredita numa coisa e faz. A busca pela verdade é um legado desses jovens”

Para a psicanalista, isso se relaciona com a promoção da saúde mental nas empresas porque são profissionais que precisam de um espaço que lide com essa questão sem tabu, em que os líderes tenham facilidade em expor suas vulnerabilidades:

“A busca pela verdade precisa de coragem, para enfrentar o problema e compartilhar. É aí que o outro vai se identificar”, explica.

A necessidade de se falar sobre saúde mental nas empresas é imprescindível, na visão de Marina Segnini, porque ela não acompanha as pessoas o tempo inteiro. E as pessoas só podem estar onde estão, e fazendo o que estão fazendo no momento, porque estão com uma relativa saúde mental. 

No painel, Fadi El Did e Amanda Borges comentaram sobre suas experiências ao conciliar saúde mental e início da vida profissional.

“Talvez a ideia de que as gerações mais novas têm mais questões de saúde mental também possa acontecer porque essa geração trata desse assunto sem estigma”, diz Amanda Borges. “A gente precisa entender os sinais, entender saber como acontece. Esse é o ponto de virada. Estar atento para seguir em frente”.

Fadi El Did contou que percebeu que precisava lutar contra a depressão quando ouviu uma palestra sobre empreendedorismo de Sofia Esteves, e aí partir da aí decidiu buscar um propósito. 

Para ele, o líder tem um papel fundamental para conseguir dar o apoio e o suporte para os liderados. 

“Me abro para que as pessoas conversem sobre isso. Estou aberto a receber as suas histórias e os seus desabafos.”

Além das discussões sobre saúde mental envolvendo a geração Z, o Summit Saúde Mental desta quinta-feira também teve paineis de como construir um business case para investir em saúde mental na sua organização e os impactos positivos e desafios de abordar a saúde mental nas organizações. 

Veja o evento sobre a geração Z abaixo

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